terça-feira, janeiro 30, 2007

Imagens Alucinantes

Decorreu no passado sábado, dia 27 de Janeiro de 2007, o Downhill urbano, que teve lugar, na zona histórica de Miranda do Corvo, desde o Monte Calvário, até à Praça José Falcão.

Prova organizada desde 2003

Organização conjunta da Rádio Dueça e do Bike Aventura
Imagens alucinantes, movimentos rápidos, numa descida louca e vertiginosa...Num piso escorregadio ficam as imagens para guardar na retina.

Fonte:www.portalbtt.com (visite-o!)

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Downhill Urbano

No dia 27 de Janeiro de 2007, vai realizar-se mais uma prova de Downhill urbano, na Zona Histórica de Miranda do Corvo.
Organização a cargo da Rádio Dueça e da Bike Aventura.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

A Liga dos Últimos


No dia 07 de Janeiro de 2007 (à tarde), disputou-se no campo do Agrário de Lamas, Lamas, Miranda do Corvo, um jogo de futebol entre o Agrário de Lamas e o Operário.
Delicie-se e divirta-se num breve filme de 8 minutos, gravado pela RTP N, para a Liga dos Últimos e reencontre algumas personagens bem conhecidas.
Clique duas vezes em cima do título e divirta-se...
Colaboração de Santinho Antunes

domingo, janeiro 21, 2007

Miranda do Corvo...

Localização geográfica do concelho e da vila de Miranda do Corvo

Convento de Semide


Santuário do Senhor da Serra

O Edifício da Capela da Piedade, data da segunda metade do século XVI


Santuário da Nossa Senhora da Piedade, de Tábuas

Parque eólico de Vila Nova

Miranda do Corvo encontra-se inserida numa zona de montanha e numa das maiores zonas de pinhal da Europa.

Capela do Calvário

Torre Sineira

O concelho de Miranda do Corvo confina com os de Coimbra, Condeixa-a-Nova, Penela, Figueiró dos Vinhos, Lousã e Poiares. Estende-se por uma área de cerca de 127 km2, agregando cinco freguesias: Lamas, Miranda do Corvo, Rio Vide, Semide e Vila Nova. O concelho tem cerca de 15.000 habitantes.

Praça José Falcão, Jardim Municipal, Paços do Concelho, vista para o rio e ao cimo do Monte Calvário encontra-se a Igreja Matriz.



Miranda do Corvo é uma das mais antigas vilas e sedes de concelho de Portugal. O foral foi atribuído em 19 de Novembro de 1136, por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, que quis reorganizar o castelo, depois da povoação ter sido completamente arrasada, pelos árabes em 1116.
Em Miranda do Corvo, pode visitar as ruínas do castelo, a igreja matriz, reconstruída no século XVIII, a capela da Senhora da Boa Morte, o antigo mosteiro beneditino de Semide, que conserva os claustros do século XV e XVI, a igreja de Vila Nova, construída em 1697 e o Santuário da Nossa Senhora da Piedade.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Festa em Honra do Mártir S. Sebastião

«São Sebastião (França, 256 — 286) foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino.» in Wikipedia

A tradição ainda é o que era, numa das mais antigas festas religiosas do Distrito de Coimbra. Mesmo não se sendo religioso, não se pode passar ao lado. Há que manter os usos e os costumes e manter bem viva a tradição, em Miranda do Corvo.

12 a 26 de Janeiro de 2007 - Miranda do Corvo

Dia 12 de Janeiro, sexta-feira
19 horas - Início da Novena em Honra do Mártir São Sebastião

Dia 20 de Janeiro, sábado, Dia do Padroeiro
09 horas - Alvorada
09:30 horas - Arruada com dois grupos de gaiteiros
14 horas - Arruada pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Meda
20:30 horas - Procissão Solene com acompanhamento da Filarmónica Mirandense
21:30 horas - Espectáculo de Fogo de Artificio Piro Musical
22 horas - Concerto no Pavilhão Gimnodesportivo da Casa do Povo de Miranda do Corvo, com o Grupo Diapasão

Dia 21 de Janeiro, Domingo
09 horas - Alvorada
09:30 horas - Arruada pelas Filarmónicas Mirandense e Varzeense
10 horas - Missa Solene na Igreja Matriz
15 horas - Procissão Solene acompanhada pelas Filarmónicas Mirandense e Varzeense
17 horas - Leilão de Fogaças e concerto com as Filarmónicas Mirandense e Varzeense em frente à Capela de São Sebastião
22 horas Baile no Grupo Desportivo Mirandense com o Conjunto Ritual Dueça

Dia 22 de Janeiro, Segunda-feira
09 horas - Alvorada
09:30 horas - Arruada pelas ruas da Vila com dois grupos de Gaiteiros

Dia 23 de Janeiro, terça-feira
09 horas - Alvorada
09:30 horas - Arruada pelas ruas da Vila com dois grupos de Gaiteiros
17 horas - Tradicional Sardinhada com actuação do Grupo Surpresa na Feira da Sardinha e Sorteio das Rifas com entrega de prémios

Dia 26 de Janeiro, sexta-feira
20 horas - Jantar da Real Confraria da Cabra Velha

Org. Comissão das Festas de S. Sebastião
Apoio da C.M. de Miranda do Corvo

terça-feira, janeiro 09, 2007

A Morte Desceu à Rua...

Antes do ano terminar, desapareceu de cena, mais um ditador, um entre muitos… Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti, em árabe صدام حسين (Tikrit, 1937 - Bagdade, 2006).

De fiel amigo do ocidente, passou a pária indesejado…

Em 16 de Julho de 1979, o presidente Al-Bakr renunciou por motivos de saúde. Saddam assumiu então os títulos de chefe de Estado, presidente do Conselho do Comando Supremo da Revolução, primeiro-ministro, comandante das Forças Armadas e secretário-geral do partido Baath. Quinze dias depois, uma conspiração surgida entre os membros do partido do recém-nomeado líder máximo do Iraque terminou com a execução de 34 pessoas, entre elas membros do Exército e alguns dos mais íntimos colaboradores de Saddam Hussein.

Saddam cercou-se imediatamente de uma dezena de oficiais leais, os quais colocou em cargos de responsabilidade. É então, que o poder se torna verdadeiramente autocrático, com os primeiros anos de governo do auto-intitulado El-Raïs el-Monadel (o Presidente Combatente), a serem marcados pela execução de centenas de oposicionistas e a morte de 5.000 curdos em Halabja, em consequência da intoxicação provocada pelas bombas de gás Tabun lançadas pela aviação iraquiana.

Saddam Hussein auto-proclamou-se a reencarnação de Nabucodonosor II.

Conhecido por admirar, o ex-ditador soviético Josef Stalin, Saddam nunca foi um ideólogo, mas apelou muitas vezes ao nacionalismo árabe, ao Islão e ao patriotismo iraquiano para cimentar sua liderança.

Saddam acabou por desenvolver um culto à personalidade característico de países comunistas. Cartazes com retratos seus espalhados por ruas e avenidas de todo o Iraque, criação de uma imagem de islamita devoto e bom pai de família (embora fosse considerado um céptico do ponto de vista religioso e apreciasse bebidas alcoólicas proibidas pelo Islão), procedeu à eliminação violenta de toda a oposição política, censura a imprensa. Saddam acabou por parecer, aos olhos do iraquiano comum, como o retrato da autoridade infalível, ainda que tirânica.

Como todos os tiranos, Saddam Hussein temia que os seus inimigos políticos o derrubassem. Construiu 23 palácios para uso pessoal, todos permanentemente vigiados, jamais dormia duas noites seguidas no mesmo local…

Milhares de retratos, posses, fortografias, telas, cartazes, estátuas do ditador, no Iraque, de lés a lés…

Saddam de todas as maneiras e feitios.

O Iraque passou num espaço de 30 anos, na tabela de desenvolvimento humano, da 30ª posição, para o caos absoluto, onde reina a guerra, o desnorte absoluto, em que três etnias lutam pelo poder: curdos, sunitas e xiitas.

A ambição de Saddam era tornar-se o líder mais poderoso do Médio Oriente. Declarou guerra ao Irão do Aiatola Khomeini, tendo chegado a receber apoio norte-americano, uma vez, que os EUA temiam as consequências da ascensão da Revolução Islâmica, na região. Usando como pretexto a disputa por poços de petróleo, as relações entre Irão e Iraque deterioraram-se rapidamente.

Iraque e Irão iniciaram a guerra em 22 de Setembro de 1980. O pretexto para as hostilidades foi a disputa territorial. Saddam foi no entanto apoiado pelos Estados Unidos, pela União Soviética e por vários países árabes, todos eles desejosos de impedir a expansão de uma possível revolução moldada no Irão.

A guerra entre os dois países durou oito anos e nela morreram mais de um milhão de pessoas. Não houve vencedor declarado, e a guerra levou o país a sérias dificuldades económicas.

Em 2 de Agosto de 1990, apenas dois anos depois do fim da disputa, tropas iraquianas, seguindo ordens de Saddam Hussein, invadiram e anexaram ao território iraquiano, o vizinho emirado do Kuwait, país que mais ajudou financeiramente o Iraque durante a guerra contra o Irão.

No início de 1991, uma coligação internacional dirigida pelos Estados Unidos (então governado por George Bush) obrigou o Iraque a retirar-se do Kuwait. As tropas da coligação detiveram-se na fronteira entre o Kuwait e o Iraque.

Terminada a guerra, Saddam ainda teve que enfrentar as revoltas xiita e curda no Iraque, que não titubeou em reprimir duramente.

Em 2001, como uma resposta aos ataques terroristas do 11 de Setembro em Nova York e Washington, o presidente dos EUA, George W. Bush, incluiu o Iraque no chamado "eixo do mal”, o que abria caminho para a nova campanha militar norte-americana contra o país. Após a campanha afegã contra o regime talibã, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, iniciou a "segunda fase contra o terrorismo internacional".

Entretanto, o Iraque mergulhou numa espiral de violência, cidade a cidade, bairro a bairro, rua a rua, o sangue alastra e advinha-se a noite dos facas longas, em que os ajustes de contas desmembrarão a nação iraquiana.

Os atentados sucedem-se… Sem lei nem roque… O Iraque mergulhou na penumbra.

Um ano após a derrota, Saddam foi preso e formalmente acusado de genocídio cometido em 1982 (foi acusado de ter ordenado a execução de 148 iraquianos xiitas em Dujail, depois de ter sido alvo de um atentado fracassado). O julgamento foi uma farsa e esteve recheado de incidentes. Três dos seus advogados de defesa foram assassinados, o Juiz Presidente foi trocado. Organizações de defesa dos direitos humanos, como a Amnistia Internacional, condenaram o julgamento, afirmando que ele teve inúmeros erros.

Em 5 de Novembro de 2006, após um julgamento conturbado, o tribunal iraquiano condenou Saddam à pena de morte por enforcamento por crimes contra a humanidade.

O ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, 69 anos, foi enforcado no dia 30 de Dezembro de 2006.

A sua morte foi-nos servida ao jantar, com requintes de sadismo, em todos os telejornais.

George W. Bush ao iniciar a segunda Guerra do Golfo, abriu a Caixa de Pandora, as consequências são imprevisíveis e o desabar das peças de dominó ameaçam alastrar a toda a região, incendiando o Médio Oriente e quem sabe, o Mundo...

sábado, janeiro 06, 2007

Você, Disse Urgente? - Parte III

Serviço Nacional de Saúde à beira da asfixia.

SAPS, Maternidades e Urgências Hospitalares encerrados.

As conquistas de Abril colocadas em causa, por um governo que se diz de esquerda e governa à direita, com o beneplácito de outra força de esquerda no parlamento, que em nada se importam com os dissabores dos portugueses, face ao aumento do custo de vida, ao desemprego, à falência do sector privado e à rotura do sector público e a consequente privatização dos serviços e ainda desertificação humana do interior do País.

«A paz, o povo, a educação, a habitação, a saúde,…»

Há quem não se importe com isso, são meros amendoins, num «show» tipo «Big Brother», pelo sim, pelo não, o que interessa é aparecer bem na televisão, imagem «very clean», sorriso «kleenex», com cassete é mais barato, tudo bem?

Luzes, acção e meus amigos, o que está a dar é pelo sim, pelo não…

Mais umas jantaradas, para intelectuais, que decidem pelos outros, à semelhança do que acontece na televisão, com os comentadores, que pouco se importam com o aumento do custo de vida, com as famílias, porque o que interessa é a macro economia e as contas públicas…

Mas, em que país estamos nós?

As Urgências dos Hospitais estão congestionadas, devido ao encerramento dos SAPS e ao Protocolo de Manchester, há quem espere e desespere no corredor dum Hospital (24 horas para ser atendido), doentes e familiares à espera «ad eternum», porque as camas estão preenchidas.

«Caos, quem falou em caos?

Está tudo bem…

Nada de alarmismos, a situação está controlada.»

Enquanto isso, as Urgências estão a abarrotar, pelas costuras, devido a uma estranha epidemia de gripe, pneumonia e bronqueolite. Culpados, o frio e as infecções respiratórias.

E se a epidemia de gripe for galopante, como a gripe espanhola de 1918?

Provocou milhões de mortes em todo o mundo…

E se aparecer a gripe das aves ou a pneumonia atípica, com os Hospitais Centrais a abarrotar, o embaixador de Hades haveria de levar a barca de Caronte bem cheia, era sempre a aviar e falam eles em saúde pública?

Estaremos preparados?

«Não se preocupem portugueses, todos os planos de contingência estão preparados, os SAPS estão encerrados, podem morrer descansados em casa.»

Mas, deixemo-nos de bairrismos, porque são coisas de menos importância, interessa é o aborto, a descriminalização deste, gastar mais uns milhões de euros, na realização do referendo, porque, para umas coisas há dinheiro, para outras não, porque, o que interessa é aparecer na televisão, nos jornais, protagonismo político, gravatas bonitas, há também quem apareça sem elas, numa posse muito sóbria, a parecer bem…

E porque não se fala, na Educação Sexual, nas Escolas?

Na utilização do preservativo ou dos métodos anti concepcionais?

Ou em consultas de planeamento familiar?

Sim, porque neste momento, a população portuguesa está a envelhecer, a taxa de mortalidade é superior à taxa de natalidade.

Sim, porque não se fala nisso?

Sabiam que é preciso inflectir o diferencial entre os nascimentos e as mortes?

Sim, porque qualquer dia as escolas fecham, porque não há crianças, porque estamos todos velhos.

Não, toca a importar imigrantes….

Agora, quem apoia esta política está sujeito a ser colhido, devido aos dissabores sofridos pelos portugueses, que podem penalizar o caudilho de Bruxelas e do Sr. Euromilhões e os seus seguidores, à semelhança do que se passou nas Presidenciais.

Há quem conte à partida já com a vitória no papo. Mas, pode ser colhido pelo não ou pela abstenção…

Durante um mês e meio os portugueses vão andar entretidos com mais uma novela pelo sim ou pelo não.

Será que a Assembleia da República não tem competências para legislar sobre esta matéria?

Se o dinheiro não abunda, para quê gastar milhões num referendo?

«Está visto, no final a culpa é dos funcionários públicos, há que emagrecer o Estado.»

«Meus amigos, eu ofereço 10 Estádio novos, para o Europeu de Futebol!» - Alguém pediu contas ao Senhor que fez essa oferta à UEFA?

Entretanto, no interior do país, alguns portugueses foram condenados à eutanásia privada e outros morrem tranquilamente em casa ou a caminho do Hospital Central, mais próximo.

Assim, poupará o Estado alguns milhões de Euros.

Dupla poupança, nos Hospitais e nas reformas...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Memórias do Passado


Descubra 150 Anos de História, após clicar duas vezes em cima do título com o botão do lado direito do rato «O comboio marca um tempo especial da nossa memória: desde o velho comboio a vapor até às velocidades hoje conseguidas, essa é uma memória que não desaparece. Nada se esquece que tenha alguma vez acontecido, de resto. Mais do que o automóvel, o avião, o barco, ou outro meio de transporte e comunicação, o comboio tem amantes dedicados e ternos amantes nostálgicos.»
in Comboios Portugueses, de Francisco José Viegas e Maurício Abreu

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Politica da Água

Clique duas vezes em cima do título com o botão do lado direito do rato

Directiva-Quadro da Água

Situação Global da Água

Cerca de 20% das águas superficiais da União Europeia correm sério risco de poluição.

As águas subterrâneas fornecem cerca de 65% da água destinada ao consumo humano da Europa.

60% das cidades europeias exploram de forma excessiva as suas águas subterrâneas.

50% das zonas húmidas estão em perigo de extinção devido à exploração excessiva das águas subterrâneas.

A área de terrenos irrigados no Sul da Europa aumentou 20€ desde 1985.

Medidas

Protecção de todo o tipo de águas – rios, lagos, águas costeiras e águas subterrâneas. Definição de objectivos ambiciosos para assegurar que seja alcançado o bom estado de todas as águas até 2015. Requisito de cooperação transfronteiriça entre os países e todas as partes envolvidas.

Garantia de participação activa de todos os interessados, incluindo as ONG e as comunidades locais, nas actividades de gestão dos recursos hídricos.

Requisito de adopção de políticas de estabelecimento de preços da água e de aplicação do princípio do poluidor-pagador.

Equilíbrio entre os interesses do ambiente e os interesses de quem dele depende.

Prazos

Dezembro de 2003 – Adaptação da legislação regional e nacional em matéria de água à DQA. Criação das condições necessárias para a cooperação a nível das bacias hidrográficas.

Dezembro de 2004 – Deverá estar concluída a análise das pressões e dos impactos a que as nossas águas estão expostas, incluindo uma análise económica.

Dezembro de 2006 – Deverão estar operacionais os programas de monitorização, enquanto base para a gestão das águas.

Dezembro de 2008 – Apresentação pública dos planos de gestão das bacias hidrográficas.

Dezembro de 2009 – Publicação dos primeiros planos de gestão das bacias hidrográficas.

Dezembro de 2005 – As águas deverão estar em bom estado.

A Comissão Europeia iniciou procedimentos legais contra 13 Estados-Membros por incumprimento de duas importantes normas jurídicas comunitárias no quadro da política da água. Essas normas têm por objectivo o aumento da qualidade da água dos lagos, dos rios e das águas costeiras da Europa, para benefício dos cidadãos e do ambiente europeus.

Nove Estados-Membros – Bélgica, Finlândia, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia – receberam uma última advertência escrita, instando-os a adoptar de forma urgente toda a legislação nacional necessária para dar cumprimento à Directiva-Quadro da UE relativa à água.

Essa norma legislativa de referência, que tem por objectivo a garantia de uma boa qualidade de todos os recursos hídricos na UE através de uma abordagem nova, integrada e transfronteiriça das questões relacionadas com a sua gestão, deveria ter sido transposta para as legislações nacionais até Dezembro de 2003. A Comissão enviou igualmente uma primeira advertência escrita à França, Grécia, Irlanda, Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido por não terem cumprido o prazo, que corria até Dezembro de 2000, para instalarem sistemas de tratamento adequados das descargas de águas residuais de todas as cidades e centros populacionais com mais de 15 000 habitantes. O tratamento inadequado das águas residuais é uma das principais causas da poluição aquática e constitui um sério risco para a saúde humana e para o ambiente. A Comissão contribui, pela sua acção, para a garantia de um elevado grau de qualidade da água em toda a UE.

A título de comentário às decisões, a Comissária responsável pelo Ambiente, Margot Wallström, afirmou: “A água é um recurso frágil e a maior parte dos sistemas hídricos da Europa estão ameaçados pela poluição e pela sobre-exploração. A Directiva-Quadro Água é uma das normas legislativas mais ambiciosas neste sector a nível mundial. A directiva irá melhorar a qualidade das águas europeias e contribuir para a sua protecção – mas só se for aplicada de forma correcta. O tratamento adequado das águas residuais urbanas é outro elemento fundamental para a qualidade da água, uma vez que permite garantir que as nossas águas não sejam contaminadas por esgotos que não tenham sido devidamente tratados”.

Não-transposição da Directiva-Quadro Água

A Directiva-Quadro Água define um quadro de acção europeu para a protecção de todas as massas de água da União Europeia – rios, lagos, águas costeiras, águas subterrâneas e águas de superfície interiores.

O seu objectivo é garantir uma boa qualidade dos recursos hídricos até 2015. Esse objectivo deverá ser atingido através de uma gestão integrada da totalidade das bacias hidrográficas, visto que os sistemas hídricos não são confinados por fronteiras administrativas. A Directiva-Quadro Água contém prazos claramente definidos para as diferentes fases necessárias para se atingir uma situação de gestão sustentável e integrada dos recursos hídricos europeus. A legislação nacional necessária para dar cumprimento à directiva já deveria ter sido adoptada até Dezembro de 2003.

A Bélgica, a Alemanha, a Itália, a Finlândia, o Luxemburgo, os Países Baixos, Portugal, o Reino Unido e a Suécia ainda não concluíram o processo de adopção da necessária legislação nacional e da respectiva notificação à Comissão. Por essa razão, a Comissão enviou uma última advertência escrita a esses Estados-Membros. Ao não aplicarem esta importante directiva, os 9 Estados-Membros não estão a proporcionar a melhor qualidade da água dos lagos, dos rios e das águas costeiras a que têm direito os seus cidadãos.

Falhas no tratamento das águas residuais

A Comissão enviou uma primeira advertência escrita à França, Grécia, Irlanda, Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido, dado que constatou, durante uma investigação que conduziu, que muitas cidades e outros centros populacionais desses Estados-Membros com mais de 15 000 habitantes continuam a não tratar de forma conveniente as suas águas residuais. A Directiva da UE relativa ao tratamento de águas residuais urbanas estabeleceu um prazo até 31 de Dezembro de 2000 para que o chamado tratamento secundário2 seja aplicado a montante das descargas de água nas cidades e outros centros populacionais dessa dimensão.

A Directiva relativa ao tratamento de águas residuais urbanas incide na poluição por nutrientes, bactérias e vírus veiculada pelas águas residuais urbanas. As descargas nos rios e mares de águas residuais urbanas contendo elevados teores de nutrientes, em particular compostos fosforados e azotados, promovem um crescimento excessivo de algas e outras formas de plantas aquáticas. Este processo, conhecido por eutrofização, conduz a uma descida dos teores de oxigénio, ameaçando a sobrevivência dos peixes que dele dependem. A água pode também deixar de ser potável. Na medida em que introduzem bactérias e vírus potencialmente perigosos, as descargas em águas balneares constituem igualmente um risco para a saúde humana.

A directiva prevê que as aglomerações urbanas (cidades, vilas e povoados) satisfaçam requisitos mínimos em matéria de sistemas colectores de águas residuais e de tratamento das mesmas nos prazos nela fixados. Estes prazos foram estabelecidos em função do carácter sensível das águas afectadas e da dimensão da população urbana envolvida.

Procedimento legal

O artigo 226 do Tratado confere à Comissão poderes para iniciar procedimentos legais contra um Estado-Membro que não cumpra as suas obrigações.

Caso a Comissão considere que pode existir infracção ao direito comunitário que justifique a instauração de um processo por infracção, envia uma “carta de notificação formal” (primeira advertência escrita) ao Estado-Membro em causa, pedindo-lhe que apresente as suas observações dentro de um prazo determinado, normalmente de dois meses.

De acordo com a resposta ou ausência de resposta do Estado-Membro em causa, a Comissão pode decidir enviar um "parecer fundamentado" (última advertência escrita) ao Estado-Membro. Este parecer estabelece de forma clara e definitiva as razões por que se considera existir uma infracção ao direito comunitário e insta o Estado-Membro a conformar-se com o respectivo parecer num prazo especificado, normalmente de dois meses.

Se o Estado-Membro não proceder em conformidade com o parecer fundamentado, a Comissão pode decidir recorrer ao Tribunal de Justiça. Nos casos em que o Tribunal de Justiça decide pela infracção aos Tratados, o Estado-Membro em falta é obrigado a adoptar todas as medidas necessárias para garantir a conformidade.

O artigo 228 do Tratado confere à Comissão poderes para agir contra um Estado-Membro por incumprimento de um anterior acórdão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias. O artigo permite ainda que a Comissão solicite ao Tribunal a aplicação de uma sanção pecuniária ao Estado-Membro em causa.

Para estatísticas actuais sobre infracções em geral, consultar:

http://europa.eu.int/comm/secretariat_general/sgb/droit_com/index_en.htm#infractions

Considerando que, Miranda do Corvo e a Lousã são dois dormitórios de Coimbra.

Considerando que a população urbana, de ambas, deve rondar os 15.000 habitantes, dado que há muito boa gente, que nem sequer está recenseada e que não conta para as estatísticas.

Várias perguntas ficam no ar:

Como é possível poluir a água dum rio e ficar impune?

Porque é que, os mirandenses tem que continuar a beber água poluída?

Será que isto tem alguma coisa a ver com política?

Será que ainda há muitos lagares de azeite a funcionar?

Todos sabemos que, no concelho de Miranda do Corvo, só há dois lagares de azeite, em funcionamento, um em Rio de Vide e outro em Urzelhe.

Como é que será nos outros concelhos, por onde passa o Rio Ceira?

E depois não digam que a Comissão Europeia tem a mão pesada e que aplica multas a Portugal, a torto e a direito…

Dados: Comissão Europeia

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