domingo, fevereiro 06, 2011

Insatisfação em Coimbra

“Foi importante termos estado em Coimbra a aguardar o Senhor Primeiro Ministro.
Foi lamentável que não tivesse recebido nem autarcas nem uma delegação do Movimento Cívico. Não surpreendeu, pois os Presidentes de Câmara de Coimbra, Miranda e Lousã continuam a aguardar uma audiência com este ocupadíssimo politico….

Ao passar pelas pessoas, como “cão por vinha vindimada”, sem parar nem cumprimentar, esteve ao seu melhor nível.

Conseguimos, mais uma vez, mediatizar a nossa luta. Todas as televisões e as rádios nacionais noticiaram a nossa presença. o Metro e a necessidade do governo reconstruir o que destruiu. O trabalho da TVI24 merece nota mais.
O Primeiro não ficou bem na fotografia ao evitar as pessoas…. Mais grave porque fui na quinta-feira contactado pelo representante do Governo sobre a possibilidade de sermos recebidos. De imediato transmiti toda a nossa disponibilidade.
Conseguimos obrigar o Primeiro a falar sobre o Metro, coisa que o Presidente da Câmara da Lousã não conseguiu há uns tempos quando Sócrates foi a Serpins… Sempre tivemos mais sucesso.

Insatisfação porque o Primeiro-ministro disse “ter vontade” mas não concretizou datas nem meios. A desculpa da crise é paleio. Recordámos que já vivíamos a crise quando o governo decidiu arrancar os carris e destruir o Ramal. Não pode falar de crise quando, para uma obra nova, de interesse muito discutível, como é o TGV para Madrid, só para um troço, canaliza cerca de 1.600 milhões de euros.

Nós não queremos palavras cínicas, de quem em público diz concordar connosco, mas nada faz para concretizar o que diz. De promessas estamos todos fartos. Queremos obras e carris.

Não percebemos como o Governo prefere pagar indemnizações aos empreiteiros para não colocar carris no troço Serpins Carvalhosas. Se tivessem falta de dinheiro não o deitariam fora a pagar indemnizações e fariam a obra adjudicada. A não ser que lá no fundo continuem a não querer carris e venham a insistir em BRT´s…

A promessa de Metro para 2014 não passa de demagogia inconsequente se não for apresentado um cronograma de execução que diga quando serão realizados os concursos para as empreitadas, quando serão adjudicadas e quando serão executadas.

O Metro não é uma “coisinha” que um governo vá comprar a uma loja de chineses em 2014. Para ser uma realidade é preciso fazer obra, colocar carris, electrificar o percurso, construir oficinas e adquirir veículos….

O Senhor Governador Civil telefonou-me na quinta-feira a informar que o Ministro e o Secretario de Estado virão na próxima quarta feira visitar as obras e que estarão disponíveis para receber uma delegação do Movimento. De imediato informámos da nossa disponibilidade para comparecer na reunião. A delegação do Movimento incluirá Presidentes de Junta dos três concelhos. Darei outras informações quando tiver a confirmação da hora e do programa da visita.

Um obrigado especial a todos os que foram “cumprimentar o Primeiro.”

Jaime Ramos

"Eram à volta de 11h00 e já a rotunda junto ao novo hospital pediátrico de Coimbra estava rodeada de cerca de uma centena de pessoas com cartazes em punho. Embora os seus protestos fossem diferenciados todos ansiavam o Primeiro-Ministro. Em tempo de espera e acompanhados com grandes faixas estavam membros da União dos Sindicatos de Coimbra, com o cartaz “Hospitais de Coimbra, Fusão = Destruição”. Mais ao lado estava também uma faixa onde se poderia ler “Ramal de Cantanhede, Reabertura e Modernização”. Podia ainda ver-se uma faixa, acompanhada com uma dezena de professores, com a inscrição “Escolas: Extinção de mais de 30.000 horários – ameaça emprego dos professores”.

Mas a marcar forte presença, largas dezenas, muito próximo da centena, estavam protestantes da zona abrangida pelo desmantelamento da linha da Lousã. Para além de muitos outras pequenas mensagens, num grande cartaz central e ladeado por dois cidadãos em cadeiras de rodas poderia ler-se: “Sr. Primeiro-Ministro, os deficientes de Miranda do Corvo já têm a mobilidade bastante reduzida, por favor, cumpra o que prometeu, trate de pôr o Metro na linha!!!”.

Por entre os populares, sempre a marcar forte presença, estava Jaime Ramos, o líder do Movimento Cívico de Lousã e Miranda. Por entre as dezenas e dezenas de manifestantes poderiam ver-se alguns presidentes de juntas de freguesia dos três concelhos prejudicados por esta paragem de obras. Lá marcavam presença o presidente da Junta de Freguesia de Miranda e Lousã, para além de, embora poucos, outros que não reconheci. Do concelho de Coimbra, como já vem sendo hábito, poucos autarcas deram a cara por esta causa. Exceptuando Victor Costa, edil de Almalaguês, que se tem notado pelo entusiasmo em abraçar a reivindicação de reposição da linha, poucos se viam junto ao Hospital Pediátrico e à espera do Primeiro-Ministro. Estava, lá o presidente da junta de Antanhol e o de Torre de Vilela – embora este, enquanto assessor, estivesse em representação do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Barbosa de Melo.
Quanto aos presidentes das três câmaras envolvidas, só Fátima Ramos, autarca de Miranda do Corvo, se manteve junto aos manifestantes. Do presidente da Lousã não se viu sombra e o de Coimbra a mesma coisa. Viram-se passar alguns presidentes de autarquias vizinhas, como por exemplo Paulo Júlio, de Penela, mas seguiram directamente para o interior da nova estrutura hospitalar e não se envolveram com os presentes. Quem os viu passar de mãos nos bolsos, teve a sensação de que estes autarcas têm vergonha de darem a cara em solidariedade e de se juntar aos protestos. Continua a ver-se o completo alheamento quer dos autarcas dos concelhos vizinhos, quer mesmo os do próprio concelho de Coimbra. Salvo melhor opinião, era obrigação dos presidentes camarários, de Coimbra -incluindo o presidente da Assembleia municipal, Lopes Porto, que estava lá dentro à espera de Sócrates- e de Lousã estarem presentes junto dos manifestantes na rua.


COMITIVA DE SÓCRATES PASSA A GRANDE VELOCIDADE

Quem não estava nada satisfeito com o pouco envolvimento e falta de atenção do Primeiro-Ministro era Jaime Ramos. Em convocação de agradecimento a quem se disponibilizou para estar presente, declarou não ser de todo surpresa esta performance do chefe do Governo: “o Primeiro-Ministro passou como cão por vinha vindimada”. Isto é, sempre a andar.

TODOS PARA LISBOA NO PRÓXIMO DIA 9 DE MARÇO

“No dia 9 de Março, dia da tomada de posse do Presidente da República, Cavaco Silva, vamos todos a Lisboa exigir que o actual e futuro chefe de Estado ponha em prática o que nos prometeu em campanha eleitoral. Isto é, que mova influências junto do Governo para que nos dê o que nos foi retirado e prometido. Estão todos convidados e levem os vossos amigos!”, enfatizou Jaime Ramos aos manifestantes.


VAMOS TODOS AO CARNAVAL DE MIRANDA


Jaime Ramos exortou ainda os presentes para que no próximo Carnaval todos se manifestem com graça em Miranda. “Estão todos convidados”, proclamou o líder do Movimento Cívico.


SÓCRATES PROMETE CONTINUAÇÃO DA OBRA DO METRO


Lá dentro, na inauguração do novo hospital, o Primeiro-Ministro, perante as câmaras de televisão, afirmou que o Metro Mondego, como a auto-estrada do Centro, é para avançar, embora tenha de se adaptar às novas realidades do país, “quer dizer que o calendário é mais longo. Mas afirmo que temos vontade de avançar”, declarou José Sócrates na inauguração do Hospital pediátrico.”

António Luís Quintans (autor do blogue Questões Nacionais)

Mais em:

http://www.asbeiras.pt/2011/02/ha-vontade-de-continuar-o-metro-mondego-disse-socrates-com-fotos/

http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=140852

http://www.tvi24.iol.pt/politica/ultimas-coimbra-apupos-tvi24-saude-socrates/1231063-4072.html

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