Serviço Nacional de Saúde à beira da asfixia.
SAPS, Maternidades e Urgências Hospitalares encerrados.
As conquistas de Abril colocadas em causa, por um governo que se diz de esquerda e governa à direita, com o beneplácito de outra força de esquerda no parlamento, que em nada se importam com os dissabores dos portugueses, face ao aumento do custo de vida, ao desemprego, à falência do sector privado e à rotura do sector público e a consequente privatização dos serviços e ainda desertificação humana do interior do País.
«A paz, o povo, a educação, a habitação, a saúde,…»
Há quem não se importe com isso, são meros amendoins, num «show» tipo «Big Brother», pelo sim, pelo não, o que interessa é aparecer bem na televisão, imagem «very clean», sorriso «kleenex», com cassete é mais barato, tudo bem?
Luzes, acção e meus amigos, o que está a dar é pelo sim, pelo não…
Mais umas jantaradas, para intelectuais, que decidem pelos outros, à semelhança do que acontece na televisão, com os comentadores, que pouco se importam com o aumento do custo de vida, com as famílias, porque o que interessa é a macro economia e as contas públicas…
Mas, em que país estamos nós?
As Urgências dos Hospitais estão congestionadas, devido ao encerramento dos SAPS e ao Protocolo de Manchester, há quem espere e desespere no corredor dum Hospital (24 horas para ser atendido), doentes e familiares à espera «ad eternum», porque as camas estão preenchidas.
«Caos, quem falou em caos?
Está tudo bem…
Nada de alarmismos, a situação está controlada.»
Enquanto isso, as Urgências estão a abarrotar, pelas costuras, devido a uma estranha epidemia de gripe, pneumonia e bronqueolite. Culpados, o frio e as infecções respiratórias.
E se a epidemia de gripe for galopante, como a gripe espanhola de 1918?
Provocou milhões de mortes em todo o mundo…
E se aparecer a gripe das aves ou a pneumonia atípica, com os Hospitais Centrais a abarrotar, o embaixador de Hades haveria de levar a barca de Caronte bem cheia, era sempre a aviar e falam eles em saúde pública?
Estaremos preparados?
«Não se preocupem portugueses, todos os planos de contingência estão preparados, os SAPS estão encerrados, podem morrer descansados em casa.»
Mas, deixemo-nos de bairrismos, porque são coisas de menos importância, interessa é o aborto, a descriminalização deste, gastar mais uns milhões de euros, na realização do referendo, porque, para umas coisas há dinheiro, para outras não, porque, o que interessa é aparecer na televisão, nos jornais, protagonismo político, gravatas bonitas, há também quem apareça sem elas, numa posse muito sóbria, a parecer bem…
E porque não se fala, na Educação Sexual, nas Escolas?
Na utilização do preservativo ou dos métodos anti concepcionais?
Ou em consultas de planeamento familiar?
Sim, porque neste momento, a população portuguesa está a envelhecer, a taxa de mortalidade é superior à taxa de natalidade.
Sim, porque não se fala nisso?
Sabiam que é preciso inflectir o diferencial entre os nascimentos e as mortes?
Sim, porque qualquer dia as escolas fecham, porque não há crianças, porque estamos todos velhos.
Não, toca a importar imigrantes….
Agora, quem apoia esta política está sujeito a ser colhido, devido aos dissabores sofridos pelos portugueses, que podem penalizar o caudilho de Bruxelas e do Sr. Euromilhões e os seus seguidores, à semelhança do que se passou nas Presidenciais.
Há quem conte à partida já com a vitória no papo. Mas, pode ser colhido pelo não ou pela abstenção…
Durante um mês e meio os portugueses vão andar entretidos com mais uma novela pelo sim ou pelo não.
Será que a Assembleia da República não tem competências para legislar sobre esta matéria?
Se o dinheiro não abunda, para quê gastar milhões num referendo?
«Está visto, no final a culpa é dos funcionários públicos, há que emagrecer o Estado.»
«Meus amigos, eu ofereço 10 Estádio novos, para o Europeu de Futebol!» - Alguém pediu contas ao Senhor que fez essa oferta à UEFA?
Entretanto, no interior do país, alguns portugueses foram condenados à eutanásia privada e outros morrem tranquilamente em casa ou a caminho do Hospital Central, mais próximo.
Assim, poupará o Estado alguns milhões de Euros.
Dupla poupança, nos Hospitais e nas reformas...
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