domingo, novembro 27, 2011

Comboio já lá vai... Tram-train já não vem!


Nota prévia
O presente artigo foi escrito na segunda quinzena de Junho do corrente ano após as eleições legislativas e enviado ao Diário de Coimbra, não tendo merecido a honra de publicação. Surgiu agora a oportunidade neste blog o que aproveito, pois as considerações nele contidas foram posteriormente realçadas pelos relatórios do Presidente do Supremo Tribunal de Contas e do Ministério das Obras Públicas que além de condenaram o projecto criticaram severamente os desmandos verificados na sua execução. O que era evidente para toda a gente de bom senso...

Comboio já lá vai...
Tram-train já não vem!

O título poderia ser o mote para o refrão de um requiem pela morte do Ramal da Lousã.
Nunca acreditei no Metropolitano de Superfície e disso dei inúmeras provas em artigos publicados há uma dezena de anos no Mirante dos quais destaco os titulados “Ver para crer” e “Não deixem cair a nossa ponte”. Este, na ressaca da queda da ponte de Entre-os-Rios, salientando a importância desta infraestrutura no desenvolvimento daquela região e a falta que iria fazer às populações até a construção de uma nova ponte e chamava a atenção para as implicações que traria o desaparecimento do nosso ramal, uma ligação centenária que foi uma “ponte” para o progresso dos povos da beira-serra da Lousã. Fui um severo crítico da substituição do ramal e a leviandade com que foi desmantelada a linha mais fez arreigar na minha mente a convicção de que o fim estava perto! A esta hora já os carris e quiçá o material circulante terão sido fundidos às ordens de um qualquer sucateiro. E depois de tudo fundido já não restam quaisquer dúvidas da morte da Linha da Lousã, Nem era preciso a candidata do Partido Socialista às Eleições Legislativas, Ana Jorge, soltar o amen, ao admitir que a ligação a Coimbra poderia ser assegurada por autocarros!
Não fiquei surpreendido, pois admitia que à partida, o projecto do Metro Mondego era inviável, já pelas entidades que iriam proceder ao financiamento e administração (REFER e Autarquias de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã) desprovidas de capacidade financeira para concretizar a ideia, já pela indefinição que se verificou até ao fim quanto ao percurso dentro de cidade!
Por outro lado, toda a gente sabia que a REFER nunca teve interesse em manter ramais (em 2010 foram uns poucos desactivados), importando-se apenas com algumas linhas de longo curso.
Para dar uma ideia de modernidade apelidaram então o futuro transporte de Metropolitano Ligeiro de Superfície (mais tarde designado por Tram-train), tão ligeiro que desapareceu sem ninguém o ver!
Satisfeita ficou a cidade de Coimbra que nunca escondeu o seu descontentamento pela intrusão das automotoras nas suas artérias e mais descansados ficaram os seus autarcas que pouco ou nada se empenharam a sério na concretização deste projecto.
E para que apressar as coisas? O dinheiro ia dando para pagar aos administradores, aos projectistas para sucessivas alterações do trajecto, as viagens ao estrangeiro para a escolha do modelo adequado, as chorudas indemnizações aos amigos (em Miranda do Corvo houve terreno implantado na REN que foi pago a 87 euros o m2!) e todas as fanfarronices que competem à interessante classe administradora!
Agora o resultado está à vista. Os responsáveis assobiam para o lado e aguardam calmamente a recompensa pelo “trabalhinho” como é timbre entre nós. Num país onde o esbanjamento é a palavra de ordem ninguém será responsabilizado e a Linha da Lousã passará a ser apenas uma reminiscência na nossa memória.
O Tram-train não vem porque o encerramento da linha já estava decretado há muito!

Augusto Paulo, Miranda do Corvo

sábado, novembro 26, 2011

Boletim de Março de 1956 sobre o Castelo de Penela



Há um livro velho de Março de 1956 editado pelo Ministério das Obras Públicas, de então sobre o Castelo de Penela. Era importante que fosse reeditado, pois conta uma história que se arrisca perder no tempo, sobre Penela e o seu castelo, que remonta à ocupação árabe da península. Os árabes estiveram cinco séculos entre nós e era importante que uma história de reis, princesas e gente como nós não desaparecesse, como as areias do tempo.
Para além disso, este velho boletim, o nº 91 editado pela extinta Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, têm fotografias ímpares do castelo de Penela, fazendo uma resenha histórica do antes e depois da reconstrução.
Pena haverem poucos exemplares deste boletim.
Faz-se um apelo à Câmara Municipal de Penela, para a sua urgente reedição.
Imagino os tesouros que existirão nesta extinta Direcção Geral e que poderiam ser republicados.

Passeio de Clássicos



Circuito CAESUS "Rota da Chanfana" - Carros com história com o sabor da chanfana e dos negalhos...

27 de Novembro de 2011, entre Penela e Miranda do Corvo…

Programa:
09 horas – Concentração no Mercado Municipal de Penela
10 horas - Porto de honra
10:30 horas – Inicio do Circuito CAESUS
11:45 horas - Visita à Aldeia Serrana do Cadaval
13 horas - Almoço na Aldeia da Pedreira
15:30 horas – Visita aos oleiros do Carapinhal

Loja do Sr. Falcão candidata ao Prémio Mercúrio - o melhor do comércio



A "Loja do Sr. Falcão", localizada na Pereira, é uma das cinco nomeadas para a categoria “Lojas com História”, do “Prémio Mercúrio – o melhor do comércio”.
O “Prémio Mercúrio – o melhor do comércio” é uma iniciativa que visa identificar, reconhecer e premiar entidades e personalidades que, em Portugal e de forma consistente, tenham contribuído para a valorização do sector do comércio e serviços e das profissões a este ligadas.
O júri elege, em diversas categorias e entre as candidaturas apresentadas, os melhores exemplos de originalidade, inovação, formação, competência, empreendedorismo e responsabilidade social.
A categoria “Lojas com História” visa premiar lojas que, tendo mais de 50 anos de existência, conseguiram ir adaptando o seu conceito e adequando a sua estratégia de retailing-mix, de forma a continuarem a ser, ainda hoje, negócios de sucesso e factores de diferenciação do comércio de rua e, assim, pólos de dinamização das cidades, bem como, motivos de interesse cultural e turístico.
A Loja do Sr. Falcão foi fundada em 1878, por Lourenço Falcão. A actividade foi continuada pelo seu filho, Joaquim Fernandes Falcão, ajudado mais tarde pelo filho, Joaquim Falcão. Por volta de 1950 a loja foi destruída por um incêndio, seguindo um grande esforço de reconstrução, renascendo a loja em 1956. Joaquim Falcão fica à frente do estabelecimento até ao ano 2000, altura em que a encerra por motivos de saúde.
Em 2008, Filomena Falcão, reabre a loja motivada pelo gosto pelo antigo e pelo tradicional, determina em mostrar ao séc. XXI uma loja do séc. XIX. A loja mantém a taberna e dedica-se à venda de artesanato e produtos regionais.
A entrega dos galardões vai decorrer no próximo dia 28 de Novembro, pelas 18.30h, no Centro de Congressos do Estoril.

sexta-feira, novembro 25, 2011

O concelho de Penela no século XIX


Sábado, dia 26 de Novembro de 2011, pelas 15:30 horas a História marca encontro consigo no Centro de Estudos de História Local e Regional Salvador Dias Arnault, em Penela.

Sobre o autor da palestra, podemos dizer que Rui Cascão é professor do Departamento de História, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Doutorado em História Moderna e Contemporânea especializou-se na área da História Económica e Social. Entre a sua vasta bibliografia destacam-se os estudos de História Local e Regional.

No seminário intitulado "O concelho de Penela no século XIX", o autor procederá à caracterização deste município numa perspectiva administrativa, demográfica, económica e social.

Bandas em concerto


O Ensemble de Metais da UFT dará um Café Concerto, na Igreja da Misericórdia de Penela, no próximo dia 26 de Novembro de 2011, pelas 21 horas. Consta da programação: 
- Renaissance Hits;
- Suite para instrumentos de Metal;
- Pequena Suite Timorense;
- Gershwin in Brass;
- West Side Story;


sábado, novembro 19, 2011

Tchum Nhu Liem expõe em Miranda do Corvo



Desde a passada sexta-feira dia 18 de Novembro, que está exposta na Biblioteca Municipal Miguel Torga, a exposição de pintura “De Timor a Miranda do Corvo”, da autoria de Tchum Nhu Lien.
Tchum Nhu Lien de Gouvêa Falcão nasceu em Bobonaro, Timor. Criada no seio de uma família tradicional chinesa, oriunda de Cantão, foi privilegiada por uma educação de princípios fundamentalmente chineses a par com as culturas portuguesa e timorense.
Ainda antes de frequentar a escola, aos cinco anos, iniciou-se em aulas de caligrafia chinesa com o seu pai, professor de formação. Aos oito anos de idade iniciou a aprendizagem de pintura artística (aguarela e pintura tradicional chinesa). Apesar do gosto e notória paixão, nunca se dedicou exclusivamente à pintura, em virtude da vida itinerante que levou durante anos; só em 1975, fixando residência definitiva em Lamas, Miranda do Corvo, teve a possibilidade de o conseguir. A quietude proporcionada desde então permitiu-lhe dedicar o tempo devido à sua arte. Aqui, a sua sensibilidade oriental logo encontrou motivos e inspiração, e os trabalhos começaram a fluir naturalmente, reflectindo a sua maneira muito própria de ver o mundo que a todos nos rodeia. A sua sensibilidade única transporta as imagens da sua terra natal para a sua terra de adopção, conjugando-as num harmonioso conjunto.
Desde então até ao presente, tem apresentado inúmeras exposições, tanto em território nacional como no estrangeiro, ganhando por onde passa cada vez mais admiradores da sua técnica e sensibilidade. A sua arte tem vindo a sensibilizar o gosto ocidental para a arte oriental, usando para tal a sua particular mestria e evidente talento.
É notória a evolução sofrida ao longo destes vinte anos de exposição do seu talento artístico, não só pelo natural aperfeiçoamento da técnica que o passar do tempo obriga, mas pelo estudo e curiosidade que a leva a buscar e apreender diferentes influências, diferentes estilos, diferentes correntes artísticas. O estudo dos clássicos contemporâneos é essencial, como se pode constatar pelo projecto que encetou, do remake da Nossa Senhora da Conceição de Velásquez. Admira o impressionismo de Monet, o pontilhismo de Seurat, o surrealismo de Chagal, o cubismo de Picasso, a PopArt de Warhol. Para Nhu Lien, é essencial para qualquer talento, por maior ou menor que seja, uma base sólida e bem formada de conhecimento não só da técnica utilizada mas também de todo o movimento cultural que lhe está subjacente; não basta ter talento e pegar num pincel ou numa espátula para realizar obras de arte; há que estudar, aprender, ouvir falar os mestres, observar as grandes obras deixadas para nosso deleite pelos grandes do passado.
A sua obra reflecte predominantemente a técnica da pintura tradicional chinesa – uso exclusivo de materiais importados da China (pincéis e tintas) sobre papel de arroz. Nos últimos tempos, tem alargado o seu leque técnico, utilizando frequentemente aguarela, acrílico e óleo.
A exposição estará patente até 13 de Dezembro 2011.
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