domingo, novembro 29, 2009

Vamos ficar a ver partir os comboios?


Terça-feira, dia 1 de Dezembro de 2009, a partir das 11 horas

CONCENTRAÇÃO - PROTESTO na LOUSÃ

(junto à estação da CP)

Tribuna Pública

Contra o encerramento do Ramal!

Pelo direito à mobilidade,

para acesso ao trabalho, ao ensino, à saúde

UTENTES EXIGEM RESPEITO

Protestamos em defesa dos nossos direitos

e do interesse público

PARTICIPE. DIVULGUE…

Movimento de Defesa do Ramal da Lousã

sábado, novembro 28, 2009

Concentração na Lousã contra a destruição do Ramal


Informação / Apelo

Conforme foi hoje decidido, o MDRL vai convocar uma concentração-protesto junto à estação da Lousã, no próximo dia 1, feriado de terça-feira, a partir das 11 horas.

Apela-se desde à participação de tod@as nesta jornada em defesa do Ramal da Lousã e colaboração nas tarefas de divulgação e mobilização para esta importante acção de luta.

Para o fim de semana está prevista a afixação de cartazes e propaganda sonora, ficando a distribuição de panfletos para o início da manhã e final da tarde de segunda-feira, juntamente com o envio de sms.

Como imaginam, há trabalho para tod@s....

Esta decisão foi tomada numa reunião hoje realizada, após a intervenção de uma delegação do MDRL no início da reunião da assembleia Municipal de Miranda do Corvo, onde foi entregue um manifesto a todos os autarcas presentes.

Em anexo segue notícia da encenação levada a cabo na estação de Serpins, no passado dia 25. Repare-se no cuidado do autor da notícia em seguir o "guião oficial" que apelida de "requalificação do ramal" o levantamento dos carris, para implementar um metro, desligado da rede ferroviária nacional.

É curioso notar também que a peça omite a afirmação do Governador Civil que na altura reconheceu que a intervenção poderá demorar "4 a 5 anos". Será que isso não teria "interesse jornalístico" ou terá sido censurado pela chefia da Redacção?

A luta continua, Ramal não pode encerrar!

Saudações ferroviárias | MDRL




O Ramal da Lousã

“Está em festa a Lousã. A partir de hoje, tem lugar no mundo activo e febril da civilização; ficam-lhe abertas as portas de todos os grandes centros da actividade humana (…) A partir de hoje tem a Lousã o seu caminho-de-ferro” (excerto do jornal “Louzanense” de Dezembro de 1906).

A construção do Ramal da Lousã foi oficialmente anunciada por Portaria no reinado de D. Luís I, no ano de 1873. Em 1887 foi concessionada à firma Fonsecas, Santos & Viana uma linha de via reduzida entre Coimbra e Arganil, com passagem por Miranda do Corvo e Lousã. Esta mesma empresa solicita a substituição da via reduzida por uma via larga tendo em mente o possível prolongamento do Ramal da Lousã até à Covilhã, na Linha da Beira Baixa. Logo no ano seguinte, um segundo alvará atribui a concessão da via à Companhia do Caminho de Ferro do Mondego, que em 1897, declara falência. Os trabalhos de construção do troço de linha entre Coimbra e Lousã, numa extensão de 29 km, tiveram início em 1889 e prolongaram-se por dezassete anos. A chegada da primeira locomotiva foi comemorada com pompa e circunstância, o dia 16 de Dezembro de 1906 foi de festa para a Lousã, “houve grandes festejos – muita música e muitos foguetes, tendo afluído ali enorme quantidade de pessoas”, como relatava à época o semanário “A Comarca de Arganil”.

No ano seguinte, em 1907, foram feitas as primeiras tentativas de dar continuidade à obra, prolongando a sua extensão até Góis e Arganil, objectivo que nunca viria a ser concretizado para além de Serpins, devido à mudança da monarquia para a república, ao deflagrar da I Grande Guerra Mundial, às graves crises económicas e sociais que agitaram o início do Século XX e ao <<>> da bolsa de 1929, que teve graves repercussões da economia mundial. A inauguração do troço Lousã – Serpins ocorreu no dia 10 de Agosto de 1930 e apesar dos protestos dos habitantes de Arganil, até hoje a ligação não foi concluída. Na década de 50 chegou-se a falar da ligação do Ramal da Lousã ao Ramal de Tomar, concretizando a ligação à linha ferroviária nacional, mas tudo não passaram de meras conjecturas.

Em Novembro de 1952, graças ao Plano Marshall e a outros empréstimos a CP procedeu à aquisição de 41 automotoras DMV Allan CP 0301V21, com a pintura vermelha, que entraram ao serviço em 1953-1954 e circularam no ramal durante cerca de 50 anos! Estas foram objecto de recauchutagem, nas oficinas da EMEF, em 2000, onde foi reaproveitado o chassis e implementada uma carroçaria moderna de cor verde e o seu interior objecto de modificações, tendo sito introduzido o ar condicionado.

Nos finais dos ano 70, a CP adquiriu à Renfe, automotoras usadas, que acabaram de sair de circulação, pouco tempo depois, após múltiplos problemas!

Em 1996 é constituída a Sociedade Metro Mondego, Hoje, 13 anos depois, o metro ainda não saiu do papel, tendo apenas algumas casas ido abaixo em Coimbra, em obras que não parecem ter fim à vista. Desde sempre a construção deste tem estado envolvida em polémica.

Desde 2005, nalguns horários, a CP introduziu as automotoras que circulavam na Linha da Amadora, permitindo nas horas de ponta o transporte de mais passageiros.

Para a linha da Lousã estão projectadas obras de remodelação, designadamente de electrificação, para permitirem a circulação de comboios mais rápidos e seguros e a instalação do tram-train (no âmbito da criação do metropolitano ligeiro de superfície em Coimbra e a sua articulação com a rede ferroviária da região). A nova linha terá um cumprimento de 37 quilómetros, sendo constituída por dois troços distintos: um urbano/suburbano entre Coimbra B e Ceira e outro de carácter regional entre Ceira e Serpins. O Ramal da Lousã é utilizado por mais de 100.000 passageiros por ano e estende-se ao longo de 37 KM, em via única, de Coimbra-Parque a Serpins, com passagem por :

(Coimbra-B - km 0,0 (Linha do Norte)

Coimbra - km 1,9)

Coimbra-Parque - km 2,8

São José - km 4,8

Carvalhosas - km 6,9

Quinta da Ponte - km 8,0

Conraria - km 8,8

Ceira - km 9,9

Vale de Açor - km 11,4

Trémoa - km 14,5

Moinhos - km 17,0

Lobases - km 18,4

Miranda do Corvo - km 21,1

Padrão - km 24,8

Meiral - km 28,0

Lousã-A - km 29,9

Lousã - km 30,7

Prilhão.Casais - km 34,9

Serpins - km 36,9

O Ramal tem 3 pontes, da Portela, sobre o Rio Mondego, com 27 metros de comprimento, de Almalaguês, com 25 metros e a de Ceira com 140 metros. Túneis são seis, a saber: Vale de Açor (282 metros), do Toco (60 metros), do Vale Mancabo (112 metros) do Passareiro (125 metros), do Carro (59 metros) e o de Miranda do Corvo (122 metros.

O cruzamento de comboios é feito em Coimbra-Parque, Ceira, Miranda do Corvo, Lousã e Serpins.

O comboio para além de possibilitar o desenvolvimento económico da região, concelhos de Miranda do Corvo e Lousã, possibilitou a expansão destas duas vilas, na década de 90, devido às casas serem mais económicas, do que em Coimbra.

A nível nacional, a CP aposta tudo por tudo na alta velocidade, no TGV, em prejuízo dos pequenos ramais, ponderando a breve prazo encerrar a título definitivo as linhas do Sabor, do Corgo e do Tua, condenando o interior à desertificação humana. O TGV só servirá as populações dos grandes centros urbanos que é o caso de Lisboa e Porto para além disto o preço do bilhete para andar no TGV está previsto inicialmente de 200 euros. O ramal da Lousã acho que será mais importante porque serve mais pessoas e penso que será mais rentável tanto a nível económico como a nível político. Actualmente já foram inauguradas plataformas interfaces é o caso em Ceira, Miranda do Corvo e Lousã. Penso que essa plataforma também seria necessário em Coimbra-Parque para que quando as pessoas saiam do comboio pudessem de imediato apanharem um autocarro para o seu destino de trabalho para isso acontecer deveria existir um entendimento entre as diversas entidades (SMTUC, CP, Transdev, Metro Mondego.).


Ao contrário, da restante Europa, onde se investe cada vez mais, no caminho-de-ferro, relegando o alcatrão para segundo plano, melhorando o traçado, os horários, o material circulante, aumentando o número de composições e a comodidade destas.
Recentemente, a Áustria e a Suíça impuseram barreiras à circulação aos camiões TIR, favorecendo a deslocação de mercadorias através dos caminhos-de-ferro, por cá encerram-se linhas e cais de mercadorias.

O cais de mercadorias de Miranda do Corvo encerrado há uns anos foi destruído, em nome do progresso.

Quero ver quando as mercadorias passarem a circular de novo por via-férrea como vai ser?

Passará o mercadorias em frente ao Dolce Vida? Ou arrancarão de novo os carris?


O Penela Presépio está a chegar!


Começou a contagem decrescente para o Penela Presépio 09 que se inicia a 12 de Dezembro e termina a 3 de Janeiro de 2010!



Penela já se começou a vestir de Natal com o Penela Presépio, milhares de luzinhas já foram espalhadas pelo Centro Histórico da Vila e o seu Castelo Medieval.

Cheio de novidades como a aldeia da Fantasia e a Praça da brincadeira, no Penela Presépio não vão faltar espaços de diversão onde as crianças e suas famílias poderão passar momentos de alegria e animação!


O maior presépio animado de Portugal já está a ser construído no Castelo, com os seus 500 m2 repletos de casas e figuras animadas, este ano com muitas novidades.

Presépio Vivo em Penela



Imagens recolhidas por Vivarte

Vivó Porco

Banco Alimentar contra a Fome


Decorre neste fim-de-semana, de 28 para 29 de Novembro de 2009, uma campanha de recolha de alimentos nos supermercados portugueses. Tal iniciativa levada a cabo pelo Banco Alimentar contra a Fome visa recolher e distribuir alimentos, por aqueles que nada tem, por famílias carenciadas e apoio a instituições de solidariedade social.

Alimente esta ideia!

Seja solidário e contribua…


http://www.bancoalimentar.pt/



Percursos de descoberta: a literatura para crianças e jovens

No próximo sábado dia 28 de Novembro vai realizar-se na Biblioteca Municipal Miguel Torga, em Miranda do Corvo, uma acção de formação intitulada “Percursos de descoberta: a literatura para crianças e jovens”, dinamizada por Glória Bastos escritora e investigadora da Universidade Aberta, especialista em Literatura Infantil.

Esta acção – integrada no Projecto Itinerâncias da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas – pretende promover uma reflexão sobre o papel central do adulto enquanto mediador entre a criança/jovem e os livros. Pretende igualmente que os participantes examinem e se familiarizem com os vários géneros da literatura para crianças e jovens. A ênfase situar-se-á nos processos de encorajamento das crianças para a leitura, através da descoberta de materiais e de estratégias que possam despertar e alimentar esse interesse. Faz-se ainda um enfoque no papel das bibliotecas municipais e escolares na difusão e promoção do livro e da leitura.

A acção destina-se a animadores socioculturais, bibliotecários, educadores de infância; professores do ensino básico, técnicos de biblioteca e pais.



terça-feira, novembro 24, 2009

Movimento promete lutar até ao fim pela electrificação da linha


O Movimento de Defesa do Ramal da Lousã (MDRL) prometeu ontem lutar até ao fim pela electrificação daquela linha ferroviária em detrimento do projecto de metropolitano ligeiro de superfície «imposto» pelo Governo.
Numa sessão de protesto realizada durante a tarde de ontem, em Miranda do Corvo, cerca de uma centena de utentes garantiram que a melhor solução para aquela linha – em funcionamento desde Dezembro de 1906 – é a electrificação e a colocação de novo material circulante.


«Com a electrificação não é necessário encerrar a linha ferroviária e despejar as pessoas em autocarros que vão complicar a vida aos utentes», salientou Mário Sol, do MDRL, na tribuna pública que decorreu no auditório da Câmara Municipal de Miranda do Corvo.


Esta acção de protesto, que se seguiu a uma outra concentração realizada na segunda-feira em S. José, Coimbra, ocorre três dias antes da sociedade Metro Mondego consignar da primeira empreitada de requalificação do Ramal da Lousã, entre Serpins e Miranda do Corvo, cujas obras estão previstas iniciarem-se a 2 de Dezembro.


Os serviços rodoviários alternativos começarão a operar a partir desse dia, entre Serpins e Miranda do Corvo.


Júlia Correia, do movimento, denuncia a falta de informação das entidades responsáveis quanto aos horários dos transportes alternativos e às condições de segurança de circulação para os utentes em estradas estreitas e com muitas curvas.


«Nada nos é dito, sabemos pouca coisa», desabafou esta activista, que criticou ainda a «falta de planeamento da intervenção no ramal» onde, segundo disse, «existe mais de uma dezena de empreitadas» que não estarão concluídas no prazo previsto de dois anos.


O Ramal da Lousã, que liga Serpins (Lousã) a Coimbra, deverá encerrar na totalidade a partir de quatro de Janeiro, sendo o transporte ferroviário igualmente substituído por autocarros.


A instalação do metro trata-se, segundo os utentes, de um projecto onde são bem evidentes as pressões de lobbies do sector imobiliário e de outros grandes interesses na área das grandes empreitadas, transporte rodoviário e fabrico de material circulante.


O MDRL, através de Isabel Simões, garante que os utentes vão «continuar até ao fim» por aquela que consideram ser a melhor opção para os utentes e para o país – a electrificação e a colocação de novo material circulante, cujo custo seria um quarto dos 300 milhões estimados para a implantação do metro ligeiro de superfície, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego.

Fonte: Diário de Coimbra

domingo, novembro 22, 2009

Nota à Comunicação Social do Movimento de Utentes de Defesa do Ramal da Lousã

O novo Metro, de agora em diante ao serviço dos conimbricenses, mirandenses e lousanenses, a foto é de Ricardo Figueiredo


Ex.mos Senhores:


Solicitamos a divulgação e acompanhamento de uma nova concentração-protesto do Movimento de Defesa do Ramal da Lousã a ter lugar no próximo domingo, dia 22, desta vez em Miranda do Corvo, junto ao edifício da Câmara Municipal.

A iniciativa deste movimento cívico decorre a partir das 15 horas e tem em vista promover o esclarecimento e tomada de posição dos utentes face ao anunciado encerramento desta linha ferroviária, com graves consequências para as condições de vida de milhares de pessoas dos concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra que diariamente utilizam este meio de transporte.

Sob a consigna "Ramal não pode encerrar!, pelo direito à mobilidade para acesso ao trabalho, ao ensino, à saúde", esta acção segue-se a uma outra concentração realizada há dias na estação de S. José, em Coimbra.

Na tribuna pública então organizada vários intervenientes puseram em evidência o facto de os transportes rodoviários ditos alternativos não poderem garantir condições de segurança e de cumprimento de horários, muito menos de mínima qualidade, numa estrada tão sinuosa e estreita, com graves constrangimentos que, nalguns locais, impedem mesmo o cruzamento de veículos ligeiros como sucede em Vendas de Ceira.

Os utentes do ramal não podem aceitar o encerramento do ramal em tais circunstâncias e num tempo de grave crise económica e social, ainda para mais quando está à vista que a anunciada interrupção do serviço por dois anos não passa de uma descarada mentira face à evidente falta de planeamento da intervenção, repartida por uma dezena de empreitadas e sem uma calendarização global coerente e que procure minimizar o período de encerramento.

Caso mais flagrante, como foi referido, será o do parque de manutenção e oficinas, decisivo para o arranque e funcionamento de todo o sistema, cujo concurso ainda nem foi lançado e do qual nem se divulga qualquer informação.

Aliás a falta de informação tem sido uma constante em todo este processo e que é bem chocante no caso dos transportes para substituição do comboio, de que se conhecem os abrigos e pouco mais, não obstante o MDRL já ter apresentado uma reclamação junto da CP, que continua sem resposta.

Exigimos respeito pelos utentes: mobilidade é vital para acesso ao trabalho!

O projecto Metro Mondego foi sempre desenvolvido sem cuidar de ouvir os utentes do centenário ramal ferroviário Coimbra-Serpins, descurando completamente os seus legítimos interesses e necessidades quanto a mobilidade.

É um projecto onde são bem evidentes as pressões de “lobbys” do sector imobiliário e de outros grandes interesses na área das grandes empreitadas, transporte rodoviário e fabrico de material circulante.

Neste contexto, assume maior gravidade a falta de consideração das autarquias de Lousã, Miranda e Coimbra pelos interesses dos seus munícipes que são utentes diários do ramal ferroviário, que não cuidaram de ouvir quando “embarcaram” neste processo, nem nas suas sucessivas e contraditórias fases.

Ao contrário do que tem sido afirmado, o encerramento do ramal ferroviário não é uma inevitabilidade, pois há alternativas técnicas para uma modernização e electrificação deste meio de transporte que não obrigam ao seu encerramento.

Alternativas que, além de serem mais favoráveis aos utentes, são mais amigas dos contribuintes, do ambiente e do interesse público, com maior racionalidade económica quanto ao investimento em infra-estruturas, material circulante e futura exploração.

Isso mesmo ficou esclarecido no debate público organizado pelo MDRL, com a participação do Prof. Dr. Manuel Tão e outros especialistas, onde ficou bem evidente ser um "disparate técnico" implantar um metro ligeiro numa linha ferroviária de montanha.

Por isso, o Movimento de Defesa do Ramal da Lousã vem insistindo na necessidade de uma avaliação de outras alternativas técnicas que permitam a modernização do Ramal da Lousã sem pôr em causa a mobilidade dos milhares de utentes que diariamente utilizam este meio de transporte.

Mobilidade que é uma necessidade vital para o nosso acesso ao trabalho, ao ensino, aos cuidados de saúde e que não deve, não pode, ser sacrificada num projecto cheio de contradições, com objectivos ainda mal esclarecidos, pressionado por interesses de negócio ou outros menos claros.

O transporte ferroviário urbano e suburbano desenvolve-se e moderniza-se em cidades como Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, enquanto noutros locais se reabrem linhas desactivadas como sucedeu em Leixões e Vendas Novas. A anterior secretária de Estado dos Transportes chegou mesmo a afirmar que já lá vai o tempo de encerrar linhas ferroviárias.

Por isso questionamos:

- Que poderosas forças ou interesses impedem o desenvolvimento da ferrovia ao serviço das populações na região de Coimbra?

- Não será um crime a destruição de uma linha ferroviária que serve tantos milhares de utentes e com tantas potencialidades para o futuro desenvolvimento da região interior do distrito?


A Comissão Promotora do

Movimento de Defesa do Ramal da Lousã

quinta-feira, novembro 19, 2009

Utentes do Ramal da Lousã exigem mais informação sobre o início das obras na linha férrea



Utilizando palavras de ordem à passagem de cada composição pela estação, os manifestantes empunhavam também cartazes e faixas onde se lia: "Não TRAMem a linha", "Ramal centenário merece respeito" e "Utentes exigem respeito, mentiras não".
Concentrados na Estação de S. José, em Coimbra, os manifestantes começaram a desmobilizar perto das 19h, numa composição que se deslocava em direcção à Lousã.

Os manifestantes mais activos abandonaram o local um pouco depois, em viaturas que se encontravam nas imediações.
Para domingo, pelas 15h, em Miranda do Corvo, o Movimento de Defesa do Ramal da Lousã tem prevista uma nova reunião. Promete também manifestar-se a 1 de Dezembro, na Lousã, no acto de lançamento de um livro sobre os 100 anos do ramal e véspera do encerramento do primeiro troço, para o arranque das obras.

Fonte: Lusa

quarta-feira, novembro 18, 2009

“Não TRAMem a nossa linha”

Utentes temem caos na linha a partir de Janeiro

O Movimento de Defesa do Ramal da Lousã considera insuficiente o número de autocarros disponibilizados para servir 3.000 utentes diários

Foram duas as «questões essenciais» – «as vias de acesso, que estão na mesma, e o número de autocarros, que não vão ser suficientes», como afirmou Isménio Oliveira –, que levaram o Movimento de Defesa do Ramal da Lousã (MDRL) a organizar, ontem, no apeadeiro de S. José, mais uma concentração/protesto contra as obras de requalificação daquela linha, que decorrem no âmbito da implementação do Sistema de Mobilidade do Mondego e da introdução do tram-train.


«Como é que vão encerrar a linha, se as condições não estão criadas?», questionou Isménio Oliveira, do MDRL, apelando a que os utentes, que esperavam pelo comboio das 17h15 com destino a Serpins, não embarcassem em sinal de protesto. Um repto aceite por 50 por cento das pessoas que estavam no apeadeiro de S. José, pois as restantes, apesar de considerarem as reivindicações «justas», lá foram apresentando razões para não ficarem “apeadas”.


Apesar da notada presença de vários agentes da PSP, a “Tribuna Pública”, que se prolongou por cerca de duas horas, decorreu sem incidentes, com a tarja “não TRAMem a nossa linha” colocada em local de destaque. «Os autocarros não vão ser em número suficiente para servir 3.000 utentes por dia, o que dá um milhão por ano. Vão chegar tarde aos seus empregos, correndo até o risco de serem despedidos por não chegarem a horas», argumentou Isménio Oliveira, que, de megafone em punho, logo criticou: «Os utentes não podem ser cobaias de um custo de 300 milhões de euros».


Gostaríamos de ter aqui mais gente”


Após lembrar, mais uma vez, que «a electrificação da linha podia ficar por um quarto do preço», o membro do MDRL sublinhou que o encerramento do ramal «não serve os interesses da população, mas o de meia dúzia de interessados que estão a ganhar fortunas», exigindo, por isso, «respeito pelos interesses dos utentes». «Acima de tudo, corremos o risco de ficar sem comboios», avançou Isménio Oliveira, sublinhando a importância da participação nas iniciativas do Movimento.

«Gostaríamos de ter aqui mais gente, mas os que estão sabem que temos razão. Os que não têm participado nas nossas iniciativas e julgam, também, que o metro vai ser uma grande coisa, daqui a dois ou três meses, quando os comboios não circularem nesta linha e chegarem atrasados aos seus empregos, vão dizer por que é que não apoiámos o MDRL», prosseguiu o conhecido dirigente associativo dos agricultores, dando conta que «o que já gastaram até hoje com as administrações da Metro Mondego já dava para fazer a electrificação da linha».


Segundo o elemento do MDRL, «o encerramento não vai durar dois anos, nem três, nem quatro e até desconfiamos que não voltamos a ter comboio na nossa linha», solicitando, de seguida, «a garantia que os prazos das obras vão ser cumpridos». Entretanto, estão já marcadas mais duas concentrações promovidas pelo MDRL. No próximo domingo, às 15h00, em frente à Câmara Municipal de Miranda do Corvo. No dia 1 de Dezembro, à porta dos Paços do Concelho da Lousã, no acto de lançamento de um livro sobre os 100 anos do ramal e véspera do encerramento do primeiro troço para o arranque das obras.


As «condições mínimas exigidas» estariam garantidas, na opinião de Isménio Oliveira, «se fizessem mais paragens e se as vias de acesso nos três concelhos [Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra] estivessem arranjadas». «Em Dezembro, vão encerrar a linha entre Serpins e Miranda. Em Janeiro, vão fechar de Miranda a Coimbra. Sabemos que os utentes vão ter grandes problemas com as obras, quando a electrificação resolvia o problema de forma muito mais barata e sem encerrar a linha», concretizou.

Dois anos para uma obra dividida em mais de 10 empreitadas?”


Além da distribuição de um folheto, onde, por exemplo, era pedido aos «senhores da CP/Metro/Refer» para que «não nos tramem mais a vida», o Movimento de Defesa do Ramal da Lousã perguntava: «Como podem propagandear um prazo de dois anos para uma obra dividida em mais de 10 empreitadas, a maioria por adjudicar e sem ainda ter sido lançado o parque de manutenção e oficinas?».


Ramal centenário merece respeito”, “não TRAMem a nossa linha”, “protestamos em defesa dos nossos direitos e do interesse público”, “utentes exigem respeito, mentiras não!” e “não danifiquem, electrifiquem” foram algumas das faixas exibidas no protesto, onde também esteve José Manuel Pureza, deputado eleito pelo Bloco de Esquerda no círculo eleitoral de Coimbra para a Assembleia da República.



Utente, «há 20 e tal anos», da linha da Lousã, Maria Filomena Rodrigues lamentou que estejam «a castigar os utentes de todas as maneiras», defendendo a electrificação da linha. Apesar de viver no concelho de Penela, apanha todos os dias da semana, o comboio em Miranda do Corvo. «Os autocarros? Não me convencem, pois não vão ser suficientes», concluiu.

Fonte: Diário de Coimbra



«Aproveitamos para informar que esta acção do MDRL contou com a adesão de mais de uma centena de utentes que, atrasando o regresso a casa para o comboio seguinte, puderam assistir (e alguns participar) na tribuna pública de informação e debate que ali decorreu entre as 17 e as 18h30.


A luta continua foi de uma das palavras de ordem mais ouvida, entre muitas outras, tendo já sido anunciada uma nova concentração-protesto e tribuna pública para Miranda da do Corvo, a realizar no próximo domingo, dia 22 de Novembro de 2009, a partir das 15 horas, na praça José Falcão.

Agradecendo toda a colaboração, apresentamos as cordiais saudações de

A Comissão Promotora do MDRL»


As fotos foram gentilmente cedidas pelo MDRL




domingo, novembro 15, 2009

Petições


Quais terão sido o destino das petições entregues pelo Movimento de Defesa do Ramal da Lousã, na Assembleia da República ?

Será que os parlamentares que as votaram e as tão famigeradas Comissões que as discutiram se informaram verdadeiramente acerca das mesmas e o que está em causa?

Não há dúvidas que cada vez mais os governantes governam de costas para o povo e contra os interesses deste, ainda hoje soube qual tinha sido o destino da Petição n.º 513/X/3, confira o resultado em:

http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalhePeticao.aspx?BID=11844

Já não há dúvidas que alguém anda a ver passar comboios, ou nós ou os parlamentares da AR. Quem será?

Especialista considera "absurdo técnico" metro ligeiro no Ramal da Lousã


Coimbra, 11 Mai (Lusa) - O especialista em transportes públicos Manuel Margarido Tão considerou hoje "um absurdo técnico" transformar o Ramal da Lousã para instalar o metro ligeiro de superfície, defendendo a realização de estudos antes de qualquer alteração da linha.

"Acho um absurdo técnico tirar o comboio e pôr lá um carro eléctrico. O corredor não tem características, em termos de procura, para servir um carro eléctrico, com paragens de 400 em 400 metros", preconizou.

O investigador foi um dos oradores no debate público sobre o tema "Outra alternativa para o Ramal da Lousã: modernização e electrificação", que decorreu hoje no Grupo Recreativo Mirandense, em Miranda do Corvo.

Na sua perspectiva, a opção pelo carro eléctrico justifica-se para a cidade de Coimbra e na periferia, mas "não para terras a 30 quilómetros de distância".

"Se tivéssemos uma cidade linear de Coimbra a Serpins (Lousã), com prédios de um lado e doutro, justificar-se-ia", defendeu Manuel Margarido Tão, ao sublinhar a necessidade de se fazer um estudo comparativo entre a opção de converter a linha para os eléctricos ligeiros e a opção de modernização ferroviária.

Para o docente da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, o debate sobre esta matéria "encontra-se inquinado".

"A transformação do Ramal da Lousã num sistema para carros eléctricos apareceu como facto consumado, sem qualquer comparação ou estudo técnico", sustentou.

No entender do especialista em transportes, a melhor opção para o Ramal da Lousã seria a sua "modernização em moldes ferroviários", à semelhança do que se fez na Linha de Guimarães, o que, segundo referiu, representaria "um investimento muito menos pesado" do que a conversão prevista para o metro ligeiro de superfície de tipo "tram-train".

Outro orador no debate, o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) Álvaro Pinto criticou também a opção pelo metro ligeiro de superfície, considerando que "não é uma solução para vias suburbanas mas para vias urbanas, dentro das cidades".

Ao defender a modernização e electrificação do Ramal da Lousã, o dirigente nacional do SNTSF apontou o "exemplo negativo" da Linha da Póvoa, já sujeita "a várias correcções", para ilustrar o que não se deve fazer naquele troço.

O Ramal da Lousã prolonga-se entre a cidade de Coimbra e arredores e aquela vila, onde vai até Serpins, atravessando ainda o concelho de Miranda do Corvo.

No final de Abril, o presidente da sociedade Metro Mondego (MM) anunciou que o metro ligeiro de superfície deverá estar a circular no Ramal da Lousã, entre Serpins e Coimbra Parque, em Janeiro de 2011.

O projecto do Sistema de Mobilidade do Mondego prevê a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo "tram-train" - com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais - no Ramal da Lousã e na cidade de Coimbra.

O MDRL tem a circular uma petição, já assinada por cerca de 4 mil pessoas, que exige ao governo a realização de um estudo sobre a electrificação e modernização das infra-estruturas e dos comboios, antes de qualquer alteração definitiva na ferrovia.

O Movimento defende que neste estudo, feito por "uma entidade independente e tecnicamente credenciada", "deve ser ponderada a modernização e electrificação da linha Coimbra B - Serpins, renovando as infra-estruturas e o material circulante, com manutenção da actual via férrea, em alternativa à introdução pela MM de um metro ligeiro de superfície".

Preconiza ainda "a suspensão de qualquer alteração definitiva no Ramal da Lousã enquanto o referido estudo não for efectuado, divulgado e discutido publicamente".

João Pedro Ferreira, deste movimento, disse hoje à agência Lusa que a petição vai ser enviada, ainda este mês, ao primeiro-ministro, ao Parlamento e às três câmaras municipais que são accionistas da MM.

Entre as medidas anunciadas no debate público de hoje promovido pelo MDRL figuram a entrega ao ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, na próxima deslocação a Coimbra de Mário Lino, de um documento apresentando o MDRL e as suas preocupações e ainda a participação na viagem de comboio Serpins/Braga marcada para dia 25.

Para ilustrar as dificuldades que os utentes do Ramal da Lousã sentirão quando o troço ferroviário encerrar para obras, o MDRL vai realizar, em data a fixar, uma viagem de autocarro entre Serpins e Coimbra, cumprindo o percurso rodoviário que aqueles passageiros terão de realizar durante um período previsto de dois anos.

De acordo com o membro do Movimento de Defesa do Ramal da Lousã, cerca de cem pessoas assistiram ao debate, em que foi também orador o engenheiro Ferreira de Araújo, ex-administrador de serviços de transporte.

Fonte: http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=61981&visual=3&layout=10


Muito curiosa, esta notícia e a opinião de um especialista publicada no passado mês de Maio, no site da RTP, pena, a Secretária de Estado dos transportes, o Ministro da tutela e os parlamentares da Assembleia da República não a terem lido...

quinta-feira, novembro 12, 2009

Não nos tramem mais a vida!


INFORMAÇÃO / CONVITE

No próximo dia 16, segunda-feira, em Coimbra, junto à estação de S. José, vai ter lugar uma concentração - tribuna pública promovida pelo Movimento de Defesa do Ramal da Lousã.

A iniciativa deste movimento cívico decorre a partir das 17 horas e tem em vista promover a informação, debate e tomada de posição dos utentes face ao anunciado encerramento desta linha ferroviária, com graves consequências para as condições de mobilidade de milhares de pessoas dos concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra.

Convidamos a participar nesta acção de esclarecimento e protesto, solicitando também colaboração na divulgação junto dos v/ contactos

Saudações ferroviárias de

A Comissão Promotora do MDRL

__________________________________________________________

Senhores da CP | Metro | Refer


Não nos tramem mais a vida!

RAMAL NÃO PODE ENCERRAR

sem antes garantir transportes com segurança, qualidade e dignidade

Dia 16 (segunda), 17 – 18h30, junto a S. José

CONCENTRAÇÃO – PROTESTO

Tribuna Pública

MENTIRAS NÃO!

Como podem propagandear um prazo de 2 anos para uma obra dividida em mais de 10 empreitadas, a maioria por adjudicar e sem ainda ter sido lançado o PMO (parque de manutenção e oficinas)?

UTENTES EXIGEM RESPEITO

pelo direito à mobilidade para acesso ao trabalho, ao ensino, à saúde.

NÃO ACEITAMOS ser cobaias num negócio de 300 milhões.

Chega de malbaratar dinheiros públicos!

Dia 16, PROTESTAMOS em defesa dos nossos direitos

Movimento de Defesa do Ramal da Lousã


(ramaldalousa@gmail.com)


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