sábado, fevereiro 09, 2008

Novo Hospital nasce em Miranda do Corvo


«A ideia da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) de Miranda do Corvo em construir um hospital médico-cirúrgico, que prime pela proximidade ao cidadão, começou quando o Governo encetou a sua política de encerramento de extensões de saúde, de serviços de internamento e de atendimento permanente nos centros de saúde. A colectividade, que já tinha terreno para o efeito, fez o projecto e agora pugna pelo financiamento que é, nesta altura, a principal dificuldade.
O hospital terá um serviço de urgência aberto 24 horas por dia, bloco operatório com duas salas de cirurgia, internamento com capacidade para 70 camas, serviço ambulatório para diversas especialidades, área de imagiologia com TAC, RX, ecografia e ainda análises clínicas. A área prevista de construção é de cerca de quatro mil metros quadrados, contando com 260 lugares para estacionamento. O investimento ronda os cinco milhões de euros, já com equipamento incluído.


A localização já está definida. “Será junto ao Centro Social Comunitário, onde a ADFP tem terrenos comprados”, referiu-nos Jaime Ramos, presidente da instituição, contando que, apesar de já ter sido sugerida outra localização (nomeadamente junto à Estrada da Beira, proposta pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, Jaime Soares), um local junto a um centro urbano continua a ser, em seu entender, a melhor localização para uma unidade hospitalar. “Os utentes podem querer almoçar num restaurante, comprar flores. Terá de ter uma componente urbana envolvente”, justificou o médico, que considera que o Hospital Médico-Cirúrgico de Miranda do Corvo – como futuramente se designará – pode vir a responder a necessidades das populações de Lousã, Miranda, Penela, Poiares e ainda Almalaguês e Condeixa-a-Nova.


Nesta perspectiva de benefícios multimunicipais, a ADFP já reuniu com os presidentes das câmaras de Lousã, Penela, Poiares e Miranda que consideraram muito útil e necessária a construção do edifício.


Agora, o financiamento é o calcanhar de aquiles da obra. Segundo Jaime Ramos, a instituição (que não tem fins lucrativos) não dispõe de financiamento para cobrir a empreitada na sua totalidade. “Terá de conseguir pelo menos 40 por cento da verba, no mínimo 30”, disse o responsável, com convicção.


Além de candidatar o projecto a apoios comunitários ou nacionais, Jaime Ramos pondera também a possibilidade de pedir apoio às autarquias: “nós admitimos fazer uma sociedade com Câmaras e/ou instituições, havendo depois uma gestão partilhada”.
Embora se trate de um hospital privado, a questão do preço para aceder aos serviços é, para o médico, “uma falsa questão”. E explica: “No âmbito do Serviço Nacional de Saúde, as pessoas têm de obter credenciais para fazer análises ou um TAC para outro local sem ser no hospital. Se trouxerem essas credenciais, pagam o mesmo que agora, se o Estado contratualizar com uma estrutura privada”, esclareceu o médico, frisando que a instituição não tem fins lucrativos.


O hospital já tem parecer favorável da Direcção Geral de Saúde e o tempo de duração da obra é de 18 meses. Para Jaime Ramos, as vantagens deste investimento são múltiplas. “Vai permitir um atendimento permanente a situações urgentes, mas que não justique a ida a um hospital central, como uma otite, amigdalite, cólica renal, entre outras. Podem ser feitas cirurgias às varizes, hérnias e outras enfermidades, permitindo uma maior humanização”, concretizou.


A ADFP é uma Instituição Privada de Solidariedade Social que gere já algumas unidades de saúde: Clínica de Fisioterapia e Reabilitação, Unidade de Cuidados Continuados de Média e Longa Duração, Unidade de Vida Apoiada e Fórum Sócio Ocupacional para doentes psiquiátricos e ainda uma Unidade de Internamento de Apoio Integrado.»

Citando Trevim

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Tradutor

Causas

Número total de visualizações de páginas