Nas últimas duas décadas, o país vindo a assistir ao encerramento de um número crescente de escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Dizer que este processo está exclusivamente ligado com a progressiva baixa de natalidade, é ficar pela espuma dos acontecimentos.
As causas do encerramento (suspensão, na linguagem da lei) de centenas de escolas, tem raízes profundas nas opções políticas de sucessivos governos que contribuíram, ou mesmo promoveram, a desertificação de largas regiões do país.
O abandono e o esquecimento a que sucessivos governos votaram o interior do país, fizeram deslocar para o litoral urbano milhares de portugueses. A evolução demográfica fez o resto. É assim que as escolas das zonas urbanas e suburbanas foram confrontadas com o crescimento do número de alunos por turma…
O encerramento de pequenas escolas e a consequente concentração de crianças em estabelecimentos de ensino de dimensão maior não é possível em diversas regiões do país.
A dispersão geográfica e a própria orografia de algumas regiões não permite o desenvolvimento das soluções que estão subjacentes às posições que o Governo, através do Ministério da Educação, tem vindo a tornar públicas sem qualquer negociação com os diferentes parceiros sociais.
Não é aceitável que crianças dos primeiros quatro anos de escolaridade sejam forçadas à utilização de transportes escolares que, na solução do Ministério da Educação (encerramento das escolas com menos de onze alunos), poderiam ascender a uma hora de manhã e outro tanto tempo à tarde.
(Entre nós) Na lista das 297 escolas do ensino básico a encerrar pelo Ministério no próximo ano lectivo, a Lousã vê fechar a EB dos Pegos, Miranda do Corvo perde a EB do Casal da Senhora e a EB da Casa do Gaiato, Penela desta vez fica de fora desta malfada lista.
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