Ondas de calor fora de época, secas, incêndios, degelo, chuvas torrenciais e inundações…
O fenómeno das alterações climáticas é um dos maiores problemas ambientais que o Homem irá enfrentar durante este século.
Após Quioto e Montreal, mais uma conferência organizada pela ONU sobre ambiente, a 12ª Conferência das Nações Unidas sobre o clima, que se realizou em Nairobi, Quénia, entre 6 e 17 de Novembro de 2006, onde estiveram reunidos mais de 10 chefes de Estado e de governo e 130 ministros de todo o mundo e mais uma vez a montanha pariu um rato…
Os gases causadores do efeito estufa resultante da utilização dos combustíveis fósseis aumentaram mais de 9 vezes entre 1961 e 2003.
Os buracos nas camadas de ozono localizados sobre os pólos aumentam de dia para dia, embora nos queiram fazer crer o contrário.
O degelo nas calotes polares prossegue…
Prevê-se que as temperaturas médias globais aumentem até 5,8ºC e que o nível das águas do mar aumente em média de
As Florestas Tropicais estão em xeque…
O deserto avança em África pondo em risco a sobrevivência humana naquele continente. Muitos países africanos vêem esgotar os seus recursos naturais. Ao sobrevoar-se aquele continente é possível avistar rios secos e imensos terrenos áridos em torno das cidades. Para um continente, no qual 70% das pessoas, que se encontram em condições de pobreza dependem da agricultura para sobreviverem, a desertificação da terra significa o aumento da miséria nesses países e o crescimento das favelas nas grandes cidades.
Sucedem-se as tempestades de elevado grau de intensidade, que tudo devastam…
Os relatórios apresentados nesta Conferência afirmam que o consumo humano supera a capacidade do planeta. Os números gerais indicam uma acentuada perda de recursos naturais. Em 33 anos (entre 1970 e 2003), houve uma redução em 1/3 das populações de espécies de vertebrados analisados.
O desaparecimento acelerado da biodiversidade marinha, resultado da pesca excessiva e da poluição, ameaça a segurança alimentar e o ambiente do planeta, alertaram os cientistas presentes na Conferência.
Até 2048 prevê-se o desaparecimento de todas as espécies marinhas.
O Mar de Aral é um mar interior da Ásia, situado entre 43° e 46° de latitude norte e entre 58° e 62° de longitude leste, compartilhado entre o Cazaquistão ao norte e o Uzbequistão ao sul. Em 50 anos o Mar de Aral perdeu mais de metade da sua superfície...
Portugal será um dos países europeus mais afectados pelas alterações climáticas. Alterações que se traduzirão num aumento de temperatura e numa mudança no regime de precipitação (maior concentração temporal, com chuvas intensas em curtos espaços de tempo).
Devido ao aumento da temperatura e à diminuição da precipitação prevê-se que aumentem os períodos de seca no Alentejo, assim como a desertificação, nomeadamente em toda a margem esquerda do Guadiana, bem como a uma migração para norte de culturas mediterrânicas, como as oleaginosas e os sobreiros e ao desaparecimento das florestas de montanha.
O aumento da temperatura deverá ocorrer também na costa portuguesa, provocando alterações nas correntes e nos ecossistemas. Assistir-se-á a uma maior erosão costeira e à contaminação das reservas de água doce pela água salgada.
Aliás, os exemplos estão bem à vista, com a chuva intensa que se fez sentir no último mês, os rios Dueça e Ceira transbordaram e a água galgou as margens, colocando em risco povoações e estruturas viárias. E por isso, não vamos responsabilizar este ou aquele.
Rio Ceira
Porque isto sucede?
Porque as margens não são limpas e porque há construções que ocupam zonas protegidas e espaços naturais e leitos de rios e nalguns casos, neste país, a orla costeira. E ainda, porque todos nós temos responsabilidades, devido ao estilo de vida que levamos.
Cheias, incêndios florestais, secas graves ou aluimentos de terra ou aluimentos de terra são consequências óbvias que já começaram a ser sentidas.
Quando estes problemas se associam a casos de poluição, a situação pode tornar-se irreversível.
Aquíferos contaminados ou salinizados, solos degradados onde não cresce uma erva, cinzas que restam dos incêndios e são arrastadas encosta abaixo para reservas de abastecimento de água fundamentais, como o Rio Ceira (Segade).
A situação é preocupante… É necessário parar a destruição da natureza!
E revermos todos aquilo que podemos fazer para salvar este planeta, porque só há uma Terra…
1 comentário:
Um artigo muito interessante e preocupante, pois todos nós estamos no mesmo barco. Continue assim a divulgar estes temas importantes. Bom trabalho.
Antero Ferreira.
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