sábado, dezembro 02, 2006

HIV/SIDA - O Espectro da Morte

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A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra no organismo por contacto com uma pessoa infectada. A transmissão pode acontecer de três formas: relações sexuais; contacto com sangue infectado; de mãe para filho, durante a gravidez ou o parto e pela amamentação.

O VIH é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infectada (seropositiva), mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são provocadas por micróbios e que não afectam as pessoas cujo sistema imunológico funciona convenientemente. Também podem surgir alguns tipos de tumores (cancros).

Entre essas doenças, encontram-se a tuberculose; a pneumonia por Pneumocystis carinii; a candidose, que pode causar infecções na garganta e na vagina; o citomegalovirus um vírus que afecta os olhos e os intestinos; a toxoplasmose que pode causar lesões graves no cérebro; a criptosporidiose, uma doença intestinal; o sarcoma de Kaposi, uma forma de cancro que provoca o aparecimento de pequenos tumores na pele em várias zonas do corpo e pode, também, afectar o sistema gastrointestinal e os pulmões.

A SIDA provoca ainda perturbações como perda de peso, tumores no cérebro e outros problemas de saúde que, sem tratamento, podem levar à morte. Esta síndrome manifesta-se e evolui de modo diferente de pessoa para pessoa.

As pessoas notificadas com o vírus da sida – VIH – em Portugal são 29 461, mas esse número deverá ser de 60 mil devido ao défice de notificação. O tratamento destes doentes custa, ao Serviço Nacional de Saúde, 504,7 milhões de euros/ano, ou seja, cerca de 8413 euros por cada doente. Outras contas, mais negras, indicam que, por dia, morrem no País três pessoas vítimas da doença.

Portugal é um dos países da U.E, com piores índices de Saúde Pública, designadamente na área da SIDA, sendo desde 1998, referenciado como o país de mais elevada incidência da doença na população geral e nos grupos de toxicodependentes e de heterossexuais.

No pior cenário, os infectados poderão ascender em todo o mundo, a mais de 90 milhões de pessoas, mais de 10% da população africana está infectada e sem acesso a hospitais, tratamentos e medicamentos anti-retrovirais...

Em África muitas crianças vêem partir os seus pais e muitos países ficam sem os seus quadros especializados.

Treze desses países situam-se na África Sub-sariana. A esperança de vida os cidadãos de 8 países da região – Angola, República Centro Africana, Lesoto, Moçambique, Serra Leoa, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabué, caiu para 40 anos ou menos. No Lesoto, na Namíbia, na África do Sul e no Zimbabué, mais de uma em cada cinco pessoas, entre as idades de 15 e 49 anos está infectada com o HIV/SIDA. E no Botswana e na Suazilândia, mais de uma em cada três está infectada.


CUIDADOS A TER:

- Os toxicodependentes não devem partilhar seringas;

- Os utensílios de higiene pessoal não devem ser partilhados;

- Nas relações sexuais deve-se sempre utilizar o preservativo.




«A crise da SIDA enfraquece os Estados a todos os níveis, porque a doença ataca as pessoas nos seus anos mais produtivos. Despedaça os alicerces de tudo, desde a Administração Pública e as unidades de saúde, até às estruturas familiares.»


A SIDA não se propaga com abraços, beijos e carícias…

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