terça-feira, abril 08, 2008

Antes da Transformação do Ramal da Lousã


«O recém-criado Movimento de Defesa do Ramal da Lousã (MDRL) lançou uma petição exigindo que «qualquer alteração» na linha obedeça a um estudo dos custos e benefícios, disse ontem à agência Lusa fonte do movimento.


Em Janeiro deste ano teve início a primeira fase de implantação do projecto do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), com o arranque das obras de construção das interfaces rodo-ferroviárias de Miranda do Corvo, Lousã e Ceira (Coimbra). O SMM prevê a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo “tram-train” - com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais - no Ramal da Lousã, entre Coimbra e Serpins (Lousã), e na cidade de Coimbra.


Segundo José Orlando Reis, do movimento, a petição exige que não «se avance para nenhuma transformação, sem que haja um estudo sobre os custos e benefícios para os utentes», entre electrificar o Ramal e colocar novo material circulante e a implementação do SMM.


«Havendo duas soluções, parece-nos uma situação esquisita avançar para um investimento tão grande sem realizar este estudo de relação entre os custos e benefícios», sublinhou.


A petição, disponível em ramaldalousa.blogspot.com, exige que o Governo realize um estudo que «pondere a electrificação e modernização das infra-estruturas e dos comboios», antes de «qualquer alteração definitiva».
O documento exige ainda que «qualquer alteração» garanta a «manutenção ou redução dos preços das tarifas cobradas, aumento da velocidade do transporte, número de lugares sentados, frequência do transporte, redução do impacto ambiental, manutenção da ligação à rede ferroviária nacional e a gestão pública do Ramal».


«Este Ramal não tem investimentos de fundo por parte da CP e da REFER há mais de vinte anos», referem os promotores do abaixo-assinado, acrescentando que «pouco se conhece das alterações que se pretende», apesar de existirem «dados que poderão colocar em causa a manutenção do serviço prestado».


O movimento recorda que «o Ramal da Lousã transporta mais de um milhão de passageiros por ano e tem uma importância fundamental para os utentes que o usam, garantindo a sua deslocação para o trabalho, mas também o acesso aos mais variados serviços públicos como os estabelecimentos de Educação e de Saúde».


O MDRL vai reunir pela segunda vez no próximo sábado, em Miranda do Corvo.


A petição será enviada ao primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República, Câmaras Municipais de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo e à administração da sociedade Metro Mondego.


Num documento, a que a agência Lusa teve acesso, a secretária de Estado dos Transportes reafirmou, em Março, «o compromisso do Governo em concretizar a modernização do Ramal da Lousã» e garantiu a mesma «solução tecnológica» entre Serpins (Lousã) e Coimbra B.
Na missiva, enviada à presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Ana Paula Vitorino prevê que a modernização da linha se desenvolva em três empreitadas, com o lançamento dos concursos públicos em Julho (troço Serpins-Miranda do Corvo), Setembro (Miranda do Corvo-Alto de S. João) e Outubro deste ano (Alto de S. João-Coimbra Parque).»

in Diário de Coimbra


http://ramaldalousa.blogspot.com


Comentário Meu (Mário Nunes):

Face a uma crise económica sem precedentes, desde a II Guerra Mundial, que o Governo Português não consegue vislumbrar;

Aos preços proibitivos do petróleo...

Há quem diga, que a procura é maior que a oferta e que inclusive poderá haver já poços secos na Arábia Saudita!

Estamos à beira de um choque petrolífero sem precedentes, com consequências imprevisíveis para toda a humanidade. E todos nós temos/teremos de (re)pensar a maneira como usamos a Energia ou como nos deslocamos.

E se os transportes de mercadorias se passarem a fazer por via férrea e se deixarmos de utilizar o automóvel particular?

Agora pagamos para reduzir a bitola, electrificar a linha e retirar o comboio pesado para metermos um mais leve na linha, com o beneplácito dalguns empresários e empreiteiros à espera que o «tram train» ou metro (Metro Mondego) passe no final dos seus terrenos e ao pé dos seus prédios e investimentos.

Daqui por 2 ou 3 anos, não pagaremos do nosso bolso, para que se voltem a meter os carris com a bitola normal e no traçado antigo, para passar o comboio pesado?

Não será tempo dos Autarcas envolvidos, dos responsáveis pela Metro Mondego e dos Governantes deste país emendarem a asneira e pensarem se vale ou não a pena colocar o Metro nos Carris ou em alternativa ligar o Ramal à Rede Ferroviária Nacional – Ramal de Tomar e Linha do Norte.

Não será tarde de mais para se fazer um debate como deve de ser com as populações envolvidas, sem políticas ou interesses de terceiros pelo meio?


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