«Nenhuma das forças políticas presentes, na tarde do passado dia 24 de Fevereiro, na Biblioteca Municipal de Miranda do Corvo, no debate sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), esteve de acordo com as reformas do governo Sócrates no sector. Mais ainda: sobre a nova ministra ninguém nutre quaisquer expectativas de mudança política.»
«Sem os socialistas, que não responderam ao convite, como sublinhou a moderadora Júlia Correia (BE), mas com a presença do deputado bloquista João Semedo, de Carla Baptista (Vereadora do PSD), Márcia Simões (PCP) e Jaime Ramos, presidente da Direcção da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP), o debate pôs a nu as deficiências do SNS. A principal crítica recaiu sobre o encerramento casuístico dos SAP (Serviço de Atendimento Permanente), nos Centros de Saúde, sem que tivessem sido criadas alternativas credíveis.
João Semedo (BE) acusou o PS de «impedir que a ministra fosse ao parlamento expor as suas ideias», acrescentando que «ela está em tournée pelo país em torno do que não é contestável, as USF (Unidades de Saúde Familiar)».
Carla Baptista (PSD) apresentou números da OMS (Organização Mundial de Saúde): «Portugal recuou do 12º para o 19º lugar em termos de qualidade e eficiência». Para esta antiga Directora do Centro de Saúde local, «não pode haver desumanização dos serviços de saúde, o que faz crescer a insegurança das populações», e o que mudou «foi rápido demais e mal estruturado, com os SAP arrancados traiçoeiramente às populações».(…)
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http://adfp.pt/sartigo/index.php?x=2439
Decorridos cerca de um mês e uma semana, após reflexão, tanta unanimidade merece um comentário, porque motivo as forças políticas mirandenses, não deram as mãos, em defesa do SAP?
Porque motivo, não protestaram veementemente contra o encerramento nocturno do SAP?
Porque não foi interposto o competente procedimento cautelar no Tribunal de Comarca ou no Tribunal Administrativo de Coimbra?
Porque não foi tomada a mesma posição, que a população de Anadia adoptou?
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