Hoje, os mirandenses
ficaram boquiabertos, em vez duma Feira de Antiguidades, tinham, duas, uma na
Praça José Falcão e outra no Pavilhão Municipal, em Miranda do Corvo, muita
gente se questionou, o que se terá passado?
Certo, certo, é que a
Feira foi anunciada, no site da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, no artigo
Vivó
Porco – Fim de Semana Gastronómico (?), cujo teor se reproduz:
“No presente ano o
fim-de-semana gastronómico é enriquecido pela realização da Feira de Velharias,
que ocorrerá no dia 4, entre as 8 e as 18 horas. A Feira das velharias será
realizada no Pavilhão Municipal.
Nesta feira podem
encontrar-se raridades, objectos de valor, peças de colecção ou simplesmente
peças antigas, pelo simples gosto de possuir o que hoje já não se faz. Por
outro lado quem se quiser desfazer de objectos de que já não necessita, pode
fazê-lo e ainda ganhar alguma coisa com isso.
Esta iniciativa é
promovida pela Associação do Cedro para animais – Casais de S. Clemente em
colaboração com Câmara municipal de Miranda do Corvo e decorre mensalmente, no
primeiro domingo do mês.
Durante o
fim-de-semana as ruas da vila serão animadas pelo Grupo de Gaiteiros Tokandar.
A Câmara Municipal
sugere às pessoas que gostam de boa gastronomia que venham até Miranda do Corvo
durante estes dias. Para além de provarem a gastronomia tradicional, sugere-se
também uma visita a vários locais do Concelho, nomeadamente o Parque Biológico
da Serra da Lousã, onde podem observar os vários animais selvagens e domésticos
de Portugal, a aldeia de xisto do Gondramaz, o Mosteiro de Santa Maria de
Semide, a zona histórica da vila e os santuários do Senhor da Serra e da
Senhora da Piedade de Tábuas.”
Muita gente não
entende porque motivo se mistura uma feira, que traz gente a Miranda do Corvo
com outros eventos que nada tem a ver, com a Feira.
Houve quem
comentasse: - “Sinceramente não percebi muito bem o que aconteceu aqui hoje,
que falta de organização.” “Que bagunça.” “Então havia de ter visto isto de
manhã com uns a descarregarem aqui, com outros a descarregarem junto do
pavilhão.” “Que salsichada!””Ainda queriam que eu carregasse os móveis para
dentro do pavilhão só que estes não cabiam lá, pois queriam me atribuir um
espaço michuruca, veja lá.”
Quem parece que
não gostou muito da brincadeira foram os comerciantes da zona, que esperam que
a feira se mantenha na Praça José Falcão, pois só assim tem a possibilidade de
fazer mais algum dinheiro nestes tempos de crise.
Uma coisa é certa,
e polémicas à parte, a Feira das Velharias de Miranda do Corvo está
referenciada neste momento no circuito nacional de antiguidades, havendo já
quem se desloque da Lousã, de Coimbra, da Figueira da Foz, de Aveiro, de Leiria,
do Porto e de Lisboa, há procura de um bom negócio.
A nível distrital
está-se a tornar um caso sério suplantando por vezes a da Figueira da Foz, só sendo ultrapassada pela de Coimbra.
Creio que aquilo
que começou por ser uma feira organizada por estrangeiros, transformou-se num caso sério.
Que urge
acarinhar, há já quem espere pelo primeiro domingo do mês para ir aos vinis, onde se tem encontrado discos antigos de Louis Armstrong, Elvis Presley, Rolling Stones, Beetles, dos anos 60, 70 e 80.
A multiculturiedade desta feira é um caso único no país (convivem cidadãos de inúmeros países: ingleses, holandeses, alemães e portugueses), com um veículo único, a língua, o português ou o inglês.
A multiculturiedade desta feira é um caso único no país (convivem cidadãos de inúmeros países: ingleses, holandeses, alemães e portugueses), com um veículo único, a língua, o português ou o inglês.
Para além disso
há a oportunidade de adquirir outras coisas, como por exemplo máquinas fotográficas antigas, relógios antigos, quadros, livros antigos, postais, moedas, roupas, móveis, CDs, DVDs, vinis, plantas, artesanato, etc.
Esperamos que a
próxima corra melhor, com cartazes apropriados e no seu espaço de eleição, a
Praça José Falcão!
Uma sugestão a
ponderar no primeiro Domingo de cada mês, para gáudio daqueles que gostam de
antiguidades… e sem embrulhadas pelo meio.
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