domingo, dezembro 28, 2008

Castelo do Germanelo, aqui tão perto de nós

O Germanelo envolto em nevoeiro

«Erguido na localidade que lhe deu nome, o castelo situa-se numa região particularmente abundante em vestígios de presença humana que remontam à mais alta antiguidade, destacando-se estruturas megalíticas, sobretudo funerárias, a par de edificações datáveis do período da conquista romana que ganhou na zona especial expressão, a julgar (entre outras realidades) pela villa romana do Rabaçal, da mesma freguesia, notável pela profusão e qualidade artística dos mosaicos que exibe. Uma distinção à qual não foi, certamente, estranho o facto de se encontrar nas imediações da importante via romana que ligava localidades tão marcantes na época, como Olisipo (Lisboa) e Bracara Augusta (Braga), no troço que unia Conímbriga a Sellium (Tomar), até Mérida.


Mandado edificar em 1139, por D. Afonso Henriques (1109-1185), que criou o concelho de Germanelo e deu-lhe Carta de Foral em 1142, na qual determinava que, além de serem livres de impostos, concedia paz, perdão e isenção de justiça a todos quantos tivessem cometido crimes de homicídio, de furto, ou de qualquer outro tipo de perturbação pública, sob a condição de se refugiarem nas terras do Germanelo, de as cultivarem e de as defenderem dos ataques dos inimigos. Datará deste período a construção ou reconstrução do castelo, implantado para servir de posto avançado da segurança no trajecto Ansião-Condeixa, através do vale do Rabaçal.


O castelo não apenas integrou o sistema defensivo da linha do Mondego, como garantiu a segurança dos trabalhadores cristãos relativamente às sucessivas incursões sarracenas. Além de servir o povoamento cristão da zona, a sua presença conferia apoio militar às terras entretanto reconquistadas, ao mesmo tempo que à expansão do território para Sul, particularmente importante quando "O castelo reflecte uma nova concepção de guerra, onde o controle de um território passava pelo controle das suas estruturas militares." Erguido no topo de uma escarpa, com boas condições naturais de defesa e excelente domínio visual sobre a paisagem circundante, dominada por vales acentuados, o castelo desenha um triângulo irregular de vértices arredondados.


Com o avanço das fronteiras para o Sul, o castelo perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonado.


Perdendo relevância estratégica após a conquista de Santarém, em 1147, o castelo entrou em decadência, até que, já no século XX, as ruínas foram adquiridas por Salvador Dias Arnaut, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Mandou, então, reconstruir a linha de muralha voltada a Norte (dotada de dezassete ameias), baseando-se, para o efeito, em fontes manuscritas e estudos geológicos e arqueológico, tendo o cuidado de utilizar material pétreo de origem, num exemplo de como as Cartas internacionais de conservação e restauro de património edificado obtinham algum impacte no meio académico nacional. As escavações arqueológicas entretanto conduzidas no local permitiram localizar as antigas portas, assim como a cisterna e fundações residenciais localizadas no perímetro interior.»

In http://castelosportugal.blogspot.com


A lenda diz que:

Os irmãozinhos que, em data incerta nos séc. XII-XIII, receberam o nome de Germanelos, são dois montes cónicos, quase iguais que diz a lenda foram habitados por dois ferreiros, em tempos antiquíssimos. Muito pobres, possuíam um único martelo que partilhavam de bom grado. Aliás, também partilhavam os próprios nomes com os montes onde viviam...


Um dia, o irmão Gerumelo acordou indisposto. Quando Melo lhe pediu o martelo, atirou-lho com tal arremesso que a ferramenta se desencabou no ar. O cabo, feito de zambujo, foi-se cravar no solo, a uns dois quilómetros para norte, e dele nasceu o Zambujal; a cabeça, pesada, caiu mais perto aos pés do Melo e logo da pancada brotou uma nascente de água férrea. Pergunte-se por ela na aldeia da Fartosa que ali cresceu e antigamente se chamava Ferretosa.

O Castelo do Germanelo fica localizado na vila e freguesia do Rabaçal, concelho de Penela, Distrito de Coimbra. Para além disso, por perto à Villa Romana do Rabaçal, os queijos do Rabaçal, os vinhos das terras de Sicó e outros motivos de interesse...

1 comentário:

Nesty disse...

Oi Mario
he leido algunos articulos de tu blog, entiendo algunas palabras en portugues, no es muy diferente al español.
Ya has visitado mis sitios web La Voz de Cuba y Viva Cuba Libre, los temas que trato son relacionados con la policia, la cultura, el deporte, ciencias, en definitivas , todo ralacionado con Cuba, mi pais, que no perfecto pero es mi Patria y la defiendo de todo aquel que la agrede y la ofende.
Tus blog tratan temas interesantes, Portugal es un pais con mucha historia, un gran pais y me gustaria conocer mas acerca de Portugal.
Exitos en tu trabajo

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