sábado, setembro 16, 2006

Você, disse Urgente? - Parte II



Ainda, a propósito das Urgências

Um, ..., cinco, ..., dez, ..., vinte, ..., trinta, ...., quarenta, ...., cinquenta, ..., sessenta minutos, podem fazer a diferença entre estar vivo ou morto.
Os primeiros socorros anteriormente prestados a meio da noite, no SAP do Centro de Saúde de Miranda do Corvo, a doentes com sintomas de AVC ou de enfartes de miocárdio ou ainda a vítimas apresentando hemorregias, em consequência de acidentes de viação e de trabalho, por certo que ajudaram a salvar vidas e fizeram sempre a diferença entre a vida e a morte.
E, por certo que os médicos e o pessoal de enfermagem aliviaram ao longo deste tempo, as dores a quem padecia de uma cólica renal, vulgo «pedra nos rins» ou de outras maleitas.
Como será se ocorrer um surto de gripe ou de outra doença provocada por um vírus contagioso?
Vamos entupir as urgências dos HUC?
Disporão os Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo de meios humanos e materiais para o efeito? Não apresentarão as ambulâncias o desgaste material dos últimos meses?
Terá o Estado em dia as contas com os Bombeiros?
E como será numa noite de inverno, o trajecto entre a sede do Concelho, os lugares e os HUC? Atribulada, por certo...


Todas estas questões passarão por certo, pela cabeça dalguns mirandenses que viram o SAP de Miranda do Corvo encerrar as suas portas, durante a noite e com a complacência de toda uma sociedade que pouco fez para o evitar.
Agora, interrogamo-nos se ter-se-à realmente feito tudo para evitar o enceramento do SAP de Miranda do Corvo?
Não houve procedimentos cautelares interpostos em Tribunais, recursos administrativos e o insurgimento de toda uma população, para defender aquilo que é nosso, à semelhança do ocorrido noutras localidades.
Uns dirão que são questões de pormenor, outros que são meros amendoins ou já nada havia a fazer, eles encerram tudo...
Certo, certo é que as pessoas não são números e não podem ser sacrificadas em nome da lógica econimicista de contas feitas em Lisboa e Bruxelas. Se há derrapagem de contas, tem que se começar a pedir contas públicas aos responsáveis e estes serem devidamente responsabilizados.
Se o sector público não funciona é altura de não colocarmos a cabeça na areia, como a avestruz e procurarmos outras soluções alternativas que não penalizem mais os mirandenses...
Porque não, um Hospital Privado, como por exemplo, o do Avelar, com urgências funcionais 24 horas, bloco operatório, consultas médicas, especialidades diversas, internamento a funcionar, dotado do equipamento de diagnóstico e análises essenciais, incluindo R/X.
Sacrilégio dirão uns, heresia, os outros. Mas, o SAP está fechado e é necessário fazer alguma coisa.
Pensando melhor, porque não?....

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