terça-feira, novembro 24, 2009

Movimento promete lutar até ao fim pela electrificação da linha


O Movimento de Defesa do Ramal da Lousã (MDRL) prometeu ontem lutar até ao fim pela electrificação daquela linha ferroviária em detrimento do projecto de metropolitano ligeiro de superfície «imposto» pelo Governo.
Numa sessão de protesto realizada durante a tarde de ontem, em Miranda do Corvo, cerca de uma centena de utentes garantiram que a melhor solução para aquela linha – em funcionamento desde Dezembro de 1906 – é a electrificação e a colocação de novo material circulante.


«Com a electrificação não é necessário encerrar a linha ferroviária e despejar as pessoas em autocarros que vão complicar a vida aos utentes», salientou Mário Sol, do MDRL, na tribuna pública que decorreu no auditório da Câmara Municipal de Miranda do Corvo.


Esta acção de protesto, que se seguiu a uma outra concentração realizada na segunda-feira em S. José, Coimbra, ocorre três dias antes da sociedade Metro Mondego consignar da primeira empreitada de requalificação do Ramal da Lousã, entre Serpins e Miranda do Corvo, cujas obras estão previstas iniciarem-se a 2 de Dezembro.


Os serviços rodoviários alternativos começarão a operar a partir desse dia, entre Serpins e Miranda do Corvo.


Júlia Correia, do movimento, denuncia a falta de informação das entidades responsáveis quanto aos horários dos transportes alternativos e às condições de segurança de circulação para os utentes em estradas estreitas e com muitas curvas.


«Nada nos é dito, sabemos pouca coisa», desabafou esta activista, que criticou ainda a «falta de planeamento da intervenção no ramal» onde, segundo disse, «existe mais de uma dezena de empreitadas» que não estarão concluídas no prazo previsto de dois anos.


O Ramal da Lousã, que liga Serpins (Lousã) a Coimbra, deverá encerrar na totalidade a partir de quatro de Janeiro, sendo o transporte ferroviário igualmente substituído por autocarros.


A instalação do metro trata-se, segundo os utentes, de um projecto onde são bem evidentes as pressões de lobbies do sector imobiliário e de outros grandes interesses na área das grandes empreitadas, transporte rodoviário e fabrico de material circulante.


O MDRL, através de Isabel Simões, garante que os utentes vão «continuar até ao fim» por aquela que consideram ser a melhor opção para os utentes e para o país – a electrificação e a colocação de novo material circulante, cujo custo seria um quarto dos 300 milhões estimados para a implantação do metro ligeiro de superfície, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego.

Fonte: Diário de Coimbra

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