«O desenho global do troço do Metro Mondego que ligará a zona do Arnado até à Estação Velha deverá ser apresentado à Câmara até ao final do mês e prevê a passagem das composições pelo meio da Avenida Fernão de Magalhães, desde a zona da Auto-Industrial até à Casa do Sal.
Como nos explicou Álvaro Maia Seco, presidente da Sociedade Metro Mondego (SMM), os estudos estão a ser feitos mas a solução desejada prevê a criação de duas estações naquela artéria. «Uma logo ao início, na zona da Auto-Industrial, numa zona muito nobre, e a outra no final da avenida», referiu-nos, justificando esta medida com o facto daquela ser uma zona com bastantes serviços, logo com bastante procura em termos de transportes públicos. Esta solução, admite, terá alguns custos em termos de tráfego automóvel, mas essa é uma opção que terá de ser assumida, como espera que venha a acontecer, pelo executivo municipal, até porque aparentemente retirará dali muito do actual tráfego (já foi considerada a via mais poluída de Coimbra).
Como naquela zona (em cerca de
Nesse sentido, a SMM conta levar a solução global à Câmara ainda este mês para, caso seja aprovada, eventualmente ainda em Julho levar o traçado de pormenor para aprovação municipal.
Variante da Solum
Paralelamente, e apesar da contestação pública e de faltar a necessária aprovação camarária, continuam a ser cumpridos todos os passos legais para a construção da variante da Solum.
O Estudo de Impacte Ambiental foi entregue na Agência Portuguesa do Ambiente e já foi iniciada a respectiva avaliação. «A Câmara não recusou a solução técnica», recordou Álvaro Maia Seco, acrescentando que das duas garantias exigidas ao Governo por Carlos Encarnação, uma (a electrificação total da linha) já estava garantida e a segunda (o prolongamento do traçado nesta primeira fase até Coimbra B) já foi assumida pela secretária de Estado em troca de correspondência com os autarcas envolvidos. O presidente da Câmara de Coimbra já fez saber que essa troca de correspondência não é suficiente mas Álvaro Maia Seco acredita que muito em breve, o autarca de Coimbra receberá as garantias com toda a informação pedida.
O presidente da SMM explicou-nos ainda que avançou com a Avaliação de Impacte Ambiental porque era «a única maneira de compatibilizar os prazos» com o resto do projecto.
Moradores e pais contestam traçado
A variante da Solum tem sido alvo de forte contestação por parte de moradores e dos pais dos alunos do Jardim Escola João de Deus. Queixam-se da proximidade da linha face à escola já que a via de acesso à porta do estabelecimento de ensino será exclusivamente do metro.
A solução encontrada (abrir uma zona de estacionamento temporário junto ao estacionamento do Girassolum) também é contestada e este movimento já gerou a recolha de assinaturas em abaixo-asssinado e a criação de uma página na internet. «Este site destina-se a alertar para os perigos do actual traçado do Metro Mondego, com passagem a meros metros de escolas onde circulam diariamente cerca de mil crianças. Adicionalmente, o traçado destrói zonas nobres de utilização Pedonal e provocará um total caos na circulação automóvel na já congestionada zona da Solum», referem os promotores da iniciativa que vão aproveitar a fase de consulta pública (que deve ser iniciada em Julho) para apresentar os seus argumentos, tentando o “chumbo” ambiental.», in Diário de Coimbra
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