«A Câmara Municipal da Lousã não foi auscultada pela Administração da Sociedade Metro Mondego sobre se concordava ou não com as alterações propostas ao traçado urbano do projecto do tram-train, confirmou Fernando Carvalho, presidente da autarquia, na última reunião de câmara do executivo, segunda-feira, dia 3 de Março. O edil não sabe qual a data de lançamento do concurso público da obra (embora a MM aponte para Maio/Junho) até porque as propostas de alteração ainda não foram aprovadas pela tutela.
Filipe Soares, vereador do PSD, lembrou que os prazos para a construção do tram-train “estão completamente ultrapassados”, tendo em conta a calendarização apresentada pela Secretária de Estado dos Transportes há dois anos, em Coimbra. “Uma obra que deveria estar concluída até ao final deste ano, ainda nem sequer está lançada a concurso”, referiu o autarca, acrescentando que “se aproxima perigosamente o fim do mandato do actual Governo”.
Analisando as alterações mencionadas na imprensa, “consideramo-las inaceitáveis”. “O que os lousanenses querem é um acesso rápido a Coimbra, à linha ferroviária nacional e ao TGV. Esta alteração implica a criação de mais apeadeiros e mais atrasos no lançamento da obra”, continuou, ressalvando, no entanto, que a solução agora preconizada pode ser criada no âmbito da introdução de uma nova linha dentro de Coimbra, que vá até à zona dos arcos. “Não concordamos que o Ramal da Lousã seja mais prejudicado”.
O presidente da Câmara Municipal afirmou reconhecer o atraso da obra. “Com toda a franqueza, não sei quais os timings para o lançamento do concurso. Numa primeira fase, o projecto só iria até ao parque, agora pretende-se que chegue à estação velha”, explicou. Questionado sobre se a Câmara teria sido ouvida como accionista na questão das modificações, o edil respondeu que “não”. “Esta introdução aumenta o percurso e a câmara não foi vista nem achada neste processo”, lamentou Filipe Soares. “Vamos esperar”, rematou o presidente do Município.
Com a introdução das novas alterações, o metro quando circular no sentido Lousã-Coimbra (que antes seguia da zona da Casa Branca directamente para a actual paragem de S. José), fará uma incursão pela zona da Solum. Haverá uma paragem na Casa Branca (perto da esquadra da PSP), de onde o transporte seguirá para a Avenida Fernando Namora (onde passa a haver uma paragem) e inflictirá para a Avenida General Humberto Delgado até à zona da Escola Superior de Educação (onde se situará outra paragem). Depois, descerá a Alameda D. João III até à zona da Praceta 25 de Abril, onde ficará a paragem de S. José.»
Segundo «O Trevim»
É caso para dizer, que há quem ande atento às diatribes levadas a cabo em Coimbra!
Nada me espantaria, com tanto estudo, às expensas de todos nós, se o Metro ficasse só por Coimbra e nós sem Comboio e Metro.
Em 1932, passou-se o mesmo filme, depois de diversas polémicas, com o traçado e com as obras a mais. Acho que já não há volta a dar. É o fado dos portugueses.
Ao fim de quase trinta anos de obras, o comboio ficou só por Serpins, quando era para chegar a Góis e a Arganil.
Ah, pois é, a História repete-se…
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