«Realizou-se no passado dia 30 de Junho, no Cine-Teatro da Lousã, a Apresentação Pública Do Lançamento Do Concurso Público Internacional Para O Material Circulante Do Sistema Do Metro Mondego. Esta importante Cerimónia que contou com a presença da Secretária de Estado dos Transportes, Engenheira Ana Paula Vitorino, teve início às 11:30h com o discurso de boas vindas do Presidente Câmara Municipal da Lousã, Dr. Fernando Carvalho, na qual podemos destacar da sua intervenção, a firmeza de posição pessoal no que concerne à questão da manutenção da ligação a Serpins e no reconhecimento do papel fundamental que a Engenheira Ana Paula Vitorino teve na qualidade de Secretária de Estado dos Transportes, no impulso do Sistema do Metro Mondego.
De seguida, usou da palavra o Presidente da Metro Mondego, Prof. Álvaro Seco, que realçou o facto de apesar de ter encontrado em Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, muito cepticismo relativamente à concretização do projecto, a verdade é que as obras já se encontram a decorrer a bom ritmo e o lançamento do Concurso Público Internacional do Material Circulante, contribuirá decisivamente para ultrapassar muito deste cepticismo.
Por último, as muito aguardadas palavras da Senhora Secretária de Estado dos Transportes que, atendendo à relevância do Projecto para a região, salientou no seu discurso: «Hoje é um marco histórico na mobilidade da região do Vale do Mondego abrangendo três Municípios – Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra. O lançamento do Concurso Público Internacional do Material Circulante para o Sistema de Mobilidade do Mondego constitui um ponto de viragem de um projecto estruturante para a mobilidade desta região e que por demasiadas vezes tem sido adiado. Assim, após o início das obras de construção das três interfaces previstas para o Ramal – Lousã, Miranda do Corvo e Ceira, cuja conclusão ocorrerá ainda este ano, surge agora o lançamento do Concurso do Material Circulante com vista a assegurar o seu fornecimento quando as obras de modernização do Ramal da Lousã estiverem concluídas. O concurso prevê um fornecimento inicial de
Este é um plano ambicioso de recuperação, electrificação e requalificação de todo o ramal da Lousã. E a única forma de requalificar o ramal da Lousã é fazer obras no ramal da Lousã. E falemos claro, deixemo-nos de demagogias! Para fazer obras no ramal da Lousã é preciso interromper o serviço ferroviário durante cerca de dois anos após o início das obras. E não adianta pensar que poderia ser de outra maneira. Para fazer obras de fundo no ramal da Lousã, fosse qual fosse a solução, teria sempre que ser interrompido o serviço. Queremos é fazê-lo minimizando os incómodos para os cidadãos: no mais curto espaço de tempo e disponibilizando transportes alternativos o mais confortáveis possível. Mas depois dos incómodos vêm os resultados, vêm os benefícios para os cidadãos. O novo sistema de mobilidade, mais confortável, mais rápido, mais seguro, mais fiável, entrará em operação, entre Serpins e Coimbra Cidade, em Fevereiro de 2011, e até Coimbra B em Outubro de 2011.
Confesso que não tem sido fácil chegar a esta fase e tenho perfeita consciência que a concretização do plano traçado obriga ainda a um intenso trabalho que não depende só do Governo. Do lado do Governo podem contar com o mesmo empenho que tivemos desde o primeiro dia para a concretização deste projecto, como aliás comprovam as obras que estão a decorrer nas interfaces da Lousã, Miranda do Corvo e de Ceira, o lançamento do presente concurso, ou o plano que acabei de anunciar. Empenho em trabalho, mas também de afirmação e resistência num esforço continuo para credibilizar todo um investimento essencial para a mobilidade de uma vasta população e que infelizmente se vê demasiadas vezes inadvertidamente utilizado para servir os interesses de alguns numa atitude populista e demagógica. Verdade se diga que não é caso único, pois parece que virou moda – a falta de ideias é compensada com um discurso do “bota abaixo” e de “pôr tudo em causa”. O que antes é verdade, agora é mentira. Não interessa que anteriormente tenham sido chamados a exercer funções com responsabilidades governativas e tenham tomado decisões de realização de investimentos, numa conjuntura em que o País não tinha assegurado a sua consolidação orçamental e até, permitam-me que recorde a expressão utilizada, “estava de tanga”. Atente-se ao histórico do projecto do Metro do Mondego. Em 24 de Janeiro de 2002 foram aprovadas as primeiras bases de concessão, em 6 de Dezembro de 2004 foram introduzidas alterações nas bases de concessão, o que demonstra bem a vontade dos Governos da época em realizar este investimento. Mas outros exemplos podemos apontar de decisões tomadas então em matéria de investimentos em infra-estruturas no sector de transportes e que agora parecem ser questionadas. Neste enquadramento político onde tudo parece valer, menos o bom senso, o Governo numa atitude responsável tem procurado seleccionar criteriosamente uma carteira de investimentos que promovam o desenvolvimento económico e que sejam factores de criação de riqueza, contribuindo para a competitividade nacional. Só assim, podemos criar confiança quer nos agentes económicos, quer na população
Estamos a falar de um investimento total de cerca de 285 milhões de euros. Representa com certeza um grande esforço para o País, mas também representa um grande benefício para as populações. Este investimento representa uma aposta na melhoria da qualidade de vida das populações desta Região, mas também num modo de transporte mais sustentável do ponto de vista ambiental e energético, como é o caminho-de-ferro. O SMM integra-se na política de transportes do Governo que reconhece grandes potencialidades aos modos de transporte colectivos de superfície, enquanto elementos que permitem a articulação das redes pesadas de transportes e as redes de distribuição de proximidade, permitindo igualmente configurar soluções que satisfaçam integralmente as cadeias de mobilidade. Hoje estamos aqui para demonstrar a nossa determinação para que o projecto do Sistema de Mobilidade do Mondego avance com celeridade, com rigor e de forma sustentada. Para tal, continuamos a contar com a colaboração de todos, em particular dos Municípios, para juntos tornarmos o Sistema numa realidade. Agradeço, por isso, na pessoa dos presidentes dos Municípios aqui presentes todo o contributo que têm dado e que estou certa continuarão a dar. Por último, não queria deixar de enaltecer o trabalho conjunto desenvolvido pela Metro Mondego, CP, REFER e Ferbritas para que pudéssemos hoje assistir a esta cerimónia que marca o princípio de uma nova realidade para o Sistema de Mobilidade do Mondego. Muito obrigada pela vossa atenção.»
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