Coimbra, 07 Jan (Lusa) - O Movimento Cívico da Lousã e Miranda do Corvo considerou hoje que o encerramento do Ramal da Lousã foi “precipitado e injustificado”, uma vez que as obras não tiveram início.
A linha ferroviária da Lousã, que liga Serpins a Coimbra, encerrou na totalidade na segunda-feira para permitir a realização das obras do metro ligeiro de superfície.
“Verificamos que as obras não tiveram início pelo que o encerramento foi precipitado e injustificado. Desnecessariamente as pessoas deixaram de poder utilizar as automotoras e são obrigadas a transportes rodoviários, mais poluentes, mais perigosos, menos fiáveis e mais demorados”, denuncia o movimento em comunicado.
O movimento, que estava sem actividade conhecida há cerca anos, pronunciou-se hoje sobre o assunto.
O arranque dos trabalhos da primeira empreitada, entre Serpins (Lousã) e Miranda do Corvo, foi assinalado há um mês, num acto em que participaram autarcas, o presidente da Metro Mondego, Álvaro Maia Seco, e o governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes.
No dia 02 de Dezembro, os comboios deixaram de circular naquele troço, com as ligações Serpins-Miranda a serem efectuadas por serviços alternativos de autocarro.
Segunda-feira, a solução rodoviária passou a vigorar em todo o trajecto principal do Ramal da Lousã, de Serpins a Coimbra.
“Esta decisão precipitada causa prejuízos às pessoas que utilizavam o ramal, sobrecarregando desnecessariamente o trânsito rodoviário nas estradas Miranda - Coimbra, prejudicando os restantes condutores, sendo ainda uma medida anti-ambiental”, considera o movimento, que é constituído por personalidades de vários quadrantes políticos.
Salientando que sempre defendeu “uma solução mais racional para o Ramal da Lousã, com menores custos de investimento e mais barato no funcionamento”, aquela estrutura refere que não lhe resta “outra solução que não seja a fiscalização das promessas do Governo na realização do projecto Metro Mondego dentro dos prazos”.
Acusa ainda o Governo de despesista ao insistir no projecto do metropolitano ligeiro de superfície em detrimento da electrificação e colocação de novo material circulante e de, agora, beneficiar “os proprietários dos autocarros alugados ao serviço da Metro”.
“Para eles foi um bom início de ano, com aumento da facturação e dos lucros”, ironiza o movimento.
Segundo fonte da Metro Mondego, no dia 18 de Janeiro será consignada a totalidade da primeira empreitada até Miranda do Corvo e a segunda intervenção, que vai chegar até ao Alto de São João, numa cerimónia que deverá contar com a presença do novo secretário de Estado dos Transportes.
Fonte: Lusa
1 comentário:
O que eu gostava de saber era onde andou o Movimento Cívico todo este tempo... apetece-me dizer "depois e casa roubada... trancas à porta" como quem diz não fizeram nada para evitar que a casa fosse roubada e agora vêm reclamar...tarde piaste!!!!!!!
Mas será que estes senhores(as) também andam nos transportes alternativos? deviam experimentar...
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