“A Câmara Municipal de Miranda do Corvo, em reunião extraordinária realizada hoje, dia 30 de Dezembro, aprovou por unanimidade a proposta que a seguir se transcreve:
Entre Serpins e Coimbra existia um sistema de transporte ferroviário a funcionar há mais de um século que garantia o transporte da população dos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, de e para o centro de Coimbra.
Considero que existiam alternativas de modernização do Ramal da Lousã, financeiramente menos pesadas e sem necessidade de suspensão do serviço de transportes público/ferroviário em funcionamento ou apenas com suspensões parcelares.
A opinião dos especialistas e dos vários governantes apontava contudo, como modelo mais favorável, o do metro de superfície.
Em Janeiro, em pleno cenário de crise, o serviço ferroviário foi suspenso e substituído pelos serviços alternativos rodoviários.
As empreitadas relativas aos troços Miranda-Serpins e Alto de S. João-Miranda, estão já em adiantado curso.
O inicio de exploração da 1.ª fase (Linha da Lousã) deveria ocorrer no final de 2012.
É pública a intenção do Governo de extinguir a empresa Metro Mondego., no âmbito do orçamento de estado para 2011. Esta posição não foi precedida de qualquer contacto ou consulta aos restantes accionistas da sociedade.
É público que a REFER deu indicações aos empreiteiros da intenção de suspender algumas das obras em curso, nomeadamente assentamento de carris e colocação de catenárias.
O estado tem faltado sucessivamente às assembleias gerais da sociedade Metro Mondego. Apesar de várias insistências não informaram ainda as câmaras das reais intenções que têm para o Ramal da Lousã.
Consideramos que o Metro do Mondego é indiscutivelmente uma obra prioritária uma vez que se destina a repor um serviço que funcionava e foi destruído. Em Janeiro estávamos já em cenário de crise e, apesar disso, a obra avançou. Os cidadãos têm de ser respeitados.
A Câmara e a Assembleia Municipal de Miranda do Corvo, já debateram a defesa do Ramal da Lousã.
O Movimento Cívico, reuniu em plenário no dia 18 de Dezembro de 2010. Foram decididas várias formas de luta, na defesa do Ramal da Lousã.
Não podemos aceitar que as obras necessárias à reposição do serviço ferroviário entre Serpins e Coimbra Parque, que foi interrompido, privando a população da sua utilização, sejam atrasadas. Torna-se absolutamente imprescindível que as obras no canal ferroviário existente sejam concluídas e o transporte colocado a funcionar.
Face ao exposto, propomos:
1) Colocar todos meios da Câmara Municipal à disposição da defesa do Ramal da Lousã, nomeadamente, transporte, funcionários, apoio técnico e jurídico.
2) Disponibilizar apoio financeiro para aquisição de faixas, cartazes, flyers, outdoors, na defesa do Ramal da Lousã, dentro das possibilidades da Autarquia.”
CMMC
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