domingo, dezembro 05, 2010

Refer suspende obras do Metro Mondego

“Não podemos aceitar que num período em que se impõe a contenção de custos se paguem milhões de euros de eventuais indemnizações por suspensão das obras.

A suspensão das obras traz custos sociais difíceis de calcular, mas certamente muito elevados.

Os limites de endividamento do PEC aplicam-se à totalidade do Sector Empresarial do Estado e não a cada uma das empresas ou investimentos de “per si”.

O PEC deve ser aplicado criteriosamente, devendo este investimento seguir o seu curso normal, até à reposição do anterior serviço de transporte público ferroviário, que funcionava entre Serpins e o Parque da Cidade em Coimbra, bem como das restantes obras. Temos de ter bom senso.

Não entendemos. Como é possível, o Governo e a REFER tomarem todas as decisões sem ouvir os outros accionistas?

Lamento profundamente a irresponsabilidade do Governo em não querer discutir o “Sistema de Mobilidade do Mondego”. O Governo mandou a REFER tratar do “enterro”.

O Governo e a REFER, caso mantenham esta posição, serão no futuro, sempre lembrados como “os coveiros do Ramal da Lousã”. O Povo não vai esquecer.

O investimento do Metropolitano Ligeiro de Superfície do Mondego já tinha uma história de atrasos e adiamentos sucessivos que envergonhava esta sociedade e o Estado, mas a postura apresentada transmite uma falta de seriedade e assume um elevado descrédito e falta de responsabilidade dos políticos que governam este País.

Com estas atitudes, o Governo consegue que a opinião pública desacredite definitivamente neste investimento.

Não entendemos esta falta de responsabilidade e de ingerência. Esta posição do Governo demonstra falta de ética.

Os nossos cidadãos têm de ser respeitados. Não podemos brincar com a vida das pessoas como que se fosse um qualquer jogo.

Torna-se impreterível e urgente que mudem de intenção e terminem os investimentos em causa. Coloquem os carris, coloquem as catenárias, coloquem o material circulante a funcionar.

Não entendemos. Como é possível, o Governo ter a coragem de tomar estas decisões, estudar vários cenários e “matar” o ramal?

Os custos sociais são enormes e incompreensíveis, temos de ser responsáveis. A população afectada nunca poderá nem conseguirá entender esta atitude.”

Fonte: Câmara Municipal de Miranda do Corvo

5 comentários:

Anónimo disse...

Longe vão os tempos em que se gritava: "O povo é quem mais ordena". Agora comemos e calamos. Até quando?

Mário Nunes disse...

Também eu não consigo entender a razão de tanta apatia, parece que anda tudo anestesiado.
Caramba.
Pela minha parte vão ter um processo crime é que foram desbaratados 20 milhões de contos...

Anónimo disse...

Não muito longe vai o tempo em que falámos.. mas nessa altura éramos criticados.. éramos os retrógrados.. os que não queríamos o progresso.. Afinal que progresso foi este que nos deixou sem nada? sem uma linha centenária, sem um transporte digno.. ou ainda se pensa que os autocarros são uma boa alternativa? só quem não os utiliza todos os dias... sou a favor se nos levantarmos mais uma vez e gritarmos bem alto... os autarcas que permitiram isto devem ser os primeiros a ser processados.. tinham obrigação de defender os munícipes e o que fizeram? festejaram o levantamento dos carris, descerraram lápides comemorativas do funeral do nosso ramal.. até houve quem dissesse que era o dia mais feliz da sua vida... e vêm agora dizer que vão processar o Estado? não me façam rir... Quanto à reunião acima referenciada... eu vou.. mas para uma reunião aberta a hora é muito estranha não é?

Mário Nunes disse...

Subscrevo inteiramente as suas palavras e se calhar a maior parte dos mirandenses... aqueles que andavam de comboio e que agora vão de autocarro!

Isabel Simões disse...

Peço desculpa por ter deixado o comentário anónimamente.. foi sem querer... Assumo inteiramente o meu comentário

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