O escândalo assentou arraiais de vez nesta história, que assume contornos cada vez mais bizarros e dá pelo nome de Metro Mondego.
Para lá dos jornais locais: Diário de Coimbra, as Beiras, o Campeão das Províncias, o Mirante ou até mesmo o Trevim, uma verdadeira muralha de silêncio abateu-se sobre nós.
E, teima em não deixar passar nada para o exterior, que se relacione com a destruição do centenário Ramal da Lousã (erigido no tempo da Monarquia) - uma sucessão “sui generis” da CP para a Metro Mondego (uma estranha sociedade fundada em 1996, com o beneplácito do PS e do PSD), para lá das Estações da Lousã, de Miranda do Corvo e de Ceira, foram gastos mais de cem milhões de euros nesta ciclópica obra…
Obra que não está concluída, a linha foi arrancada, a pedra dispersa, os carris e as tulipas de madeira transportados para sabe-se lá onde.
Agora fica o caminho da desolação…
Para além disso, estão por pagar as expropriações e provavelmente umas chorudas indemnizações aos empreiteiros que ficaram com a obra a meio.
Isto para não falarmos das verbas gastas ao FEDER, pode ser que a Comissão Europeia as peça de retorno.
Mas adiante, no passado sábado, dia 18 de Dezembro de 2010, pelas 09:30 horas realizou-se uma reunião aberta, com cidadãos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã.
A RTP marcou presença, no final da reunião, o Sr. Dr. Jaime Ramos (em nome da Comissão) concedeu uma entrevista ao canal estatal e surpresa das surpresas, nada foi para o ar…
Podemos dizer que uma verdadeira muralha informativa abateu-se sobre a Região impedindo a divulgação do que se está a passar no Ramal da Lousã, na Cidade de Coimbra e nas vilas de Miranda do Corvo e da Lousã e a sua consequente implicação para a vida de milhares de pessoas.
O mesmo tinha sucedido há uns meses atrás aquando da entrega do abaixo-assinado, na Assembleia de República, só o Diário de Coimbra deu importância ao caso...
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