A Villa Romana do Rabaçal localizava-se junto à via Romana que ligava Olisipo a Bracara Augusta no troço entre Sellium e Conímbriga.
A Residência Senhorial, desenvolve-se à volta de um peristilo central octogonal, de 24 colunas, em mármore de Estremoz.
É a partir deste centro que irradia toda a construção.
Ao longo de sucessivas escavações, a descoberta mais marcante terá sido o pavimento de mosaico polícromo, no corredor Sul, onde fiadas de tesselas negras delimitam golfinhos, folhas de hera ...
Para os lados do poente encontram-se os mais belos mosaicos do Rabaçal, desenhando graciosas figuras que representam as estações do ano: o Outono deixa-se adivinhar pelas uvas. O Verão é uma exuberante Senhora adornada por frutos maduros. A Primavera tem flores e o Inverno uma alcachofra e uma árvore. Representam uma composição notável quer pela cor, quer pela simbologia!
Depois, os Mosaicos do Triclinium são uma festa para os olhos! Nós de Salomão. Flores. Quadrados. Círculos...
A pars urbana do Rabaçal é assim uma villa luxuosa, com um programa construtivo e iconográfico que encontra modelos paralelos nas villas tardo-romanas de todo o Império: as árvores e as flores são semelhantes aos pavimentos do Norte de África, os adornos das figuras femininas lembram os palácios da Síria, o modelo construtivo é semelhante ao de villas de Tarragona, Milão ou Madrid.
O Senhor do Rabaçal era assim um proprietário abastado.
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