Eram 200.000 manifestantes, nas ruas de Lisboa, na tarde de 18 de Outubro de 2007, na maior manifestação organizada pela CGTP, que rumou ao Parque das Nações, lugar onde se encontravam os senhores da Europa, que viraram à muito as costas, à população dos seus países, em nome das grandes empresas e dos interesses macro económicos.
Se a CGTP tivesse concertado forças com todos os sindicatos, muitos mais portugueses teriam estado nas ruas junto ao Parque das Nações nesse dia!
Dum lado, os trabalhadores de inúmeros sectores, público e privado, do outro lado da barricada, o caudilho de Bruxelas e a sua corte, que querem institucionalizar a flexisegurança, facilitar os despedimentos, promover o desemprego, a instabilidade social, estoirando com o modelo social de saúde, ensino, justiça, segurança, em prol dos ricos e em detrimento das classes mais desfavorecidas.
Mas nós não estamos na Dinamarca...
As estatísticas andam falseadas.
As pequenas e médias empresas estão falidas e atravessam inúmeras dificuldades.
No sector público paira a ameaça do despedimento…
Que justiça social podemos esperar?
Nas ruas das grandes cidades e das mais pequenas vilas do Portugal profundo sucedem-se os assaltos a lojas e a residências.
Há quem diga que está tudo bem, que o crime está a baixar, conforme referem as estatísticas, que não correspondem à realidade. Cada vez mais, os assaltos são mais violentos.
No interior deserto multiplica-se a insegurança.
Para onde vamos?
Regredimos no tempo, porque houve um socialista, que fez tábua rasa das conquistas de Abril e de todas as benesses sociais conquistadas ao longo do século XX,
Nesse dia foi delineado o novo tratado europeu, que compromete em muito a soberania nacional de cada país.
Em tempos, houve alguém que prometeu fazer um referendo ao tratado europeu se fosse primeiro-ministro, mas as promessas levou-as o vento…
Qualquer dia temos um exército único, uma polícia europeia, um governo central em Bruxelas e somos uma dependência pequena e alegre num canto da Europa para os «bifes» virem passar férias e apanhar sol…
E isto até um dia, porque em 1640 houve um caudilho, que defendia os interesses de Espanha, potência europeia à época e que foi atirado pelo povo por uma janela…
Texto – Mário Nunes
1 comentário:
Esta é a mais recente prova de que os media e os governos são a
parte da frente e a de trás da mesma cabeça, a prova que ambos não são
imparciais e deturpam permanentemente a realidade para manter os
cidadãos sob controlo. Há cerca de 1 ano, aquando da reabertura do Campo
Pequeno, os media praticamente todos nada disseram sobre a manifestação
de 500 pessoas contra as touradas que decorreu ao lado, e onde as TVs
estiveram a fazer de conta que entrevistavam e filmavam, como eu presenciei.
Também fica claro em que mundo vivemos, e a natureza ordinária da
união europeia.
A partir daqui, recomendo que estejam todos bem alerta,
cientificamente críticos, e que reinterpretem todas as notícias e
programas, pondo todas as hipóteses desde o erro (por incompetência e
negligência) até à manipulação (a verdade ser até o oposto absoluto do
que é dito) e não aceitem senão com reserva a informação incompleta e
sem provas.
José Romão
-------- Original Message --------
[Comment] Secret demonstration of 200,000 in Lisbon
23.10.2007 - 17:32 CET | By Thomas Rupp
EUOBSERVER / COMMENT - Last week during the EU summit, the Portuguese
Union, CGTP-Intersindical, organised the biggest demonstration in Lisbon
in 20 years.
Under the slogan "For a social Europe – Employment with rights" up to
200,000 people gathered to oppose what they believe to be a
"neo-liberal" EU reform treaty, which more or less equals the rejected
EU constitution.
The funny - or alarming - thing is the fact, that these 200,000 people
managed to demonstrate almost unnoticed without being mentioned by the
media.
A keyword search on Google news with "demonstration" and "Lisbon" in the
Anglophone media brought only three matches. One was in "EU Business",
the other two: the English issue of the Hungarian "Javno" as well as on
"Aljazeera".
The German-language media shows the same picture, two matches: the Swiss
"Tagesanzeiger" and the Austrian "Kurier". Nothing at all in Germany.
Instead of informing their readers of the demonstration of 200,000 in
Lisbon the Austrian "Der Standard" preferred to report about a
demonstration of 200 to 300 right-wing europhobe activists in Paris.
So why is that? Isn't the message clear? Only a handful of loonies are
fighting against this historical treaty. Don't mention the 200,000!
Finally in the francophone media: two matches, one "Le Monde" and two,
the Chinese News Agency "XINHUA".
Just for fun: let's get some figures to compare: In France there were
310 articles on "Le sommet" (and 722 on Sarkozy's marital life), in
Germany there are roughly 350 articles available on the "Erfolg"
(success) in Lisbon. And, finally, the UK provides around 200 articles
matching the word "EU-summit". All this is according to Google news.
*EU propaganda *
I am sure there were more reports altogether than available on Google
news, but the picture is clear and there is no need for any further
comment. 125:1 is roughly the ratio between the "EU Court Circular" -
meaning EU propaganda - and the report about an event that 200,000 EU
citizens were engaged in.
Now my personal research showed that obviously even journalists who were
willing to write about this demonstration just did not know about it.
This seems strange in a digitalised world with all its electronic
possibilities of communication.
To be fair, we have to consider the question that the event might have
not been communicated properly by its organisers. But there were
hundreds of journalist sitting in the EU summit's press centre.
Normally this means "sit and wait". Waiting for the press conferences of
the presidency and the national briefings, waiting for some insider
information from a high ranking civil servant floating down from Olympus
to enlighten the masses.
I am sure that many journalists are not happy with this situation. If
they left the venue to report about a demonstration that takes place
some kilometres away, they would risk missing a summit story. And apart
from that, their editors do not seem to be interested in the story at all.
"So, the sad news is, that if the things do not turn out violent at the
demonstration, there are no reports," a journalist familiar with EU
summits told me.
For me this underlines my thesis on the "success" of this summit: As
usual the Heads of States and Governments congratulated themselves after
they agreed on the re-labelled EU Constitution.
They boasted that they have managed to get over an institutional crisis,
but in fact they just increased the EU's democratic crisis by completely
avoiding the citizens. And obviously you should not count too much on
the mainstream media to do anything about it.
/Thomas Rupp is the coordinator of the European Referendum Campaign/
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