Bombardeiros russos TU 95 no Atlântico, Oslo e Londres enviam caças
Caças noruegueses e britânicos descolaram hoje duas vezes para controlar oito bombardeiros russos que se aproximavam do território da Noruega, na última manifestação de poderio aéreo do Kremlin, anunciaram fontes militares.
O tenente-coronel John Inge Oeglaend, do Estado-Maior norueguês, afirmou que os bombardeiros estratégicos Tupolev-95 se aproximaram do espaço aéreo norueguês no extremo norte do país, mas não entraram.
Responsáveis da defesa do Reino Unido disseram que quatro caças britânicos descolaram igualmente para controlar os aparelhos russos, que não penetraram também em espaço aéreo britânico.
"Seguiram uma rota normal em espaço aéreo internacional", afirmou Oeglaend, adiantando que os bombardeiros russos sobrevoaram o mar de Barents, junto ao extremo norte da Noruega, voltando depois ao Atlântico norte e regressando mais uma vez ao mar de Barents.
Segundo o oficial, dois caças F-16 noruegueses descolaram de ambas as vezes que os aparelhos russos se aproximaram da Noruega, numa prática normal em situações deste tipo.
A Noruega, membro da NATO, e a Rússia partilham fronteiras terrestres e oceânicas no Árctico, incluindo o vasto mar de Barents.
Segundo Oeglaend, foi a terceira vez que caças noruegueses descolaram, desde meados de Julho, para controlar um número crescente de exercícios aéreos militares russos.
Agências russas citaram hoje um porta-voz da Força Aérea, segundo o qual bombardeiros estratégicos russos iniciaram quarta-feira patrulhas em áreas distantes do globo, de acordo com planos anunciados pelo presidente Vladimir Putin para o recomeço dos voos destes aparelhos.
"De acordo com o plano confirmado, 14 bombardeiros estratégicos TU-95MC iniciaram quarta-feira à noite patrulhas regulares sobre os oceanos Pacífico, Atlântico e Árctico, envolvendo reabastecimentos em voo", disseram as agências.
Segundo o porta-voz militar citado pelas agências russas, os voos não violavam as regulações internacional e os aviões "sobrevoam águas neutras, não se aproximando das fronteiras aéreas de países estrangeiros".
Segundo a mesma fonte, "praticamente todos (os bombardeiros envolvidos) estão a ser acompanhados por jactos da NATO".
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
1 comentário:
Sou um visitante do blog.Matéria muito interessante. São os russos em demonstrações de força.
Enviar um comentário