«O 1º de Maio juntou, esta quinta à tarde, cerca de 70 mil pessoas na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa.
No Dia do Trabalhador, os protestos da Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP) contra a política do Governo ganharam força. Por todo o País, a Intersindical mobilizou cerca de 150 mil trabalhadores em acções de protesto.
Em Lisboa, milhares de trabalhadores afectos à CGTP desfilaram em direcção à Alameda, reivindicando o «respeito pelos direitos e a mudança de políticas». Sob o lema «respeitar os trabalhadores, mudar de políticas» os manifestantes dos distritos de Lisboa e Setúbal desfilaram gritando palavras de ordem como «o código do trabalho não passará», «a precariedade é injusta, os jovens estão em luta».
A manifestação decorreu com ar festivo, encabeçada por um grupo de bombos e colorida pelas bandeiras sindicais. As palavras de ordem deixam claro que o desfile se destinava não só a assinalar o Dia do Trabalhador, mas também protestar contra as políticas sociais e económicas do Governo socialista.
Centenas de pessoas assistiram ao desfile nos passeios da Avenida Almirante Reis e aplaudiam à passagem da manifestação.
Uma delegação do Partido Socialista (PS), liderada pelo deputado Vítor Ramalho, veio ao Martim Moniz cumprimentar os dirigentes sindicais, como tem sido habitual nos últimos anos. O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, também esteve presente acompanhado por outros deputados do partido.
Contra a precariedade no trabalho, contra a perda de direitos e de poder de compra dos trabalhadores, contra o Código do Trabalho que o Governo quer impor. Estas foram as grandes bandeiras eleitas pela CGTP para o 1º de Maio.
Na intervenção político-sindical que fez no final, o líder da CGTP, Carvalho da Silva, disse que os trabalhadores não vão baixar os braços e deixar o Executivo com rédea solta para fazer o que bem entender no que diz respeito às leis laborais.»
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