«Dentro de oito meses deverá estar concluído o interface modal do ramal da Lousã em Ceira, obra considerada importante no Sistema de Mobilidade do Mondego.
A CP adjudicou a obra da interface modal e estação de Ceira, no Ramal da Lousã, à Lena Construções, uma “sub-holding” do Grupo Lena para a área da construção, prevendo-se que os trabalhos, um investimento de 648 mil euros, repartidos entre a CP, a Metro Mondego e a Câmara Municipal de Coimbra, estejam concluídos dentro de oito meses.
Esta é considerada uma obra de grande importância no serviço de mobilidade sub-urbana e regional de acesso a Coimbra, uma vez que aquele será o local de transição entre o modo de funcionamento suburbano e urbano do Sistema de Mobilidade do Mondego e porque ela tenderá a funcionar como ponto de ligação entre os sistemas de transporte rodoviário, tanto de carácter mais urbano, como suburbano e regional.
Recorde-se que este interface deverá cumprir vários requisitos. Para além de paragem dos serviços do Metro Ligeiro e das linhas de transporte colectivo rodoviário, a obra que arrancará em breve terá igualmente de ser uma resposta para a transição entre o automóvel e o metro, o autocarro ou o táxi, sendo de extrema importância a construção de estacionamentos e a melhoria das acessibilidades àquela infra-estrutura.
«A solução desenvolvida procura salvaguardar as condições mínimas de operacionalidade exigidas pelos diferentes tipos de veículos, procurando ainda garantir o acesso à interface modal e zona de estacionamento sem demoras significativas e em boas condições de segurança», refere a Metro Mondego (MM), no “Estudo de Implantação da Interface Modal da Estação de Sobral de Ceira”, apreciado na última reunião do executivo camarário de Coimbra. O documento, elaborado pela ACIV – Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil em colaboração com a MM, refere a necessidade de existir «especial cuidado em desenvolver uma solução integrada e de qualidade para a rede pedonal que serve o interface, designadamente a partir das zonas mais próximas».
Nessa perspectiva, foram introduzidas algumas alterações ao projecto inicial, que consta do concurso lançado pela CP em Novembro do ano passado, e que, no fundo, apesar de corresponderem à perda de 30 lugares de estacionamento, melhoram a acessibilidade pedonal, nomeadamente a pessoas com mobilidade reduzida, e minimizam a afectação de terrenos privados, diminuindo a área total a expropriar, sem prejudicar a funcionalidade do interface.
A obra, que deverá arrancar em breve, será dividida em duas fases, a primeira no âmbito da intervenção prevista no Ramal da Lousã (de mudança de bitola e requalificação da linha) e adequada ao transporte ferroviário actual, e a segunda quando se iniciar a circulação dos tram-trains. Assim, a MM optou por, nesta primeira fase, não construir os espaços destinados ao futuro cais, mantendo em funcionamento os actuais espaços de entrada e largada de passageiros. Estes só serão construídos antes do sistema começar a funcionar definitivamente.
No âmbito deste projecto, e numa parceria com a CP e a MM, a Câmara Municipal de Coimbra assumiu que suportará os encargos da intervenção prevista na Rua do Sobral, junto ao actual apeadeiro, transformando-a em artéria de sentido único, com passeios, de modo a facilitar a acessibilidade em torno da interface. A obra deverá ser realizada em paralelo com os restantes trabalhos.»
Fonte: Rádio Dueça
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