«A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza analisou os resultados dos 2953 boletins de análises oficiais efectuadas entre a 3ª semana de Maio e a 1ª semana de Agosto nas zonas balneares existentes
Nove praias já estiveram interditas pelos delegados regionais de saúde (sete mantêm interdição)
29 praias com pelo menos uma análise má, aproximadamente o dobro do ano passado
Das 508 zonas balneares, 29 praias – 20 costeiras e 9 interiores, já apresentaram, este ano, pelo menos uma análise má. Seis praias encontram-se mesmo interditas. O total de análises classificadas como más já atingiu 38. Uma análise má não significa que a classificação final da praia nesta época balnear venha a ser má, mas é uma claramente uma indicação de problemas.
Exactamente nesta altura no ano passado, no balanço efectuado pela Quercus, apenas 15 praias apresentavam pelo menos uma análise má.
A Quercus considera fundamental que sejam investigadas e explicadas pelas autoridades as causas prováveis destas análises más e as medidas que estão a ser tomadas para evitar mais ocorrências.
Zonas balneares recuperam – 10 praias com má qualidade na época balnear de 2006 não apresentaram até agora qualquer análise má
Apesar da classificação indicativa para a época balnear de 2007 de várias zonas balneares com base nas análises do ano passado (2006) apontarem para uma qualidade má, é significativo mencionar que das18 praias classificadas como de má qualidade, 10 não apresentaram até agora qualquer análise má. Apesar de ainda estarmos sensivelmente a meio da época balnear, este é um indicador positivo de recuperação da qualidade da água e uma informação relevante a ser transmitida aos utilizadores dessas zonas balneares que não devem hesitar em frequentá-las, apesar de deverem continuar a acompanhar a informação relativa às próximas análises:
Principais queixas vão para os acessos, presença de algas e sujidade da água, a limpeza, a presença de cães, e falta de informação actualizada sobre a qualidade da água.
A maioria das queixas que a Quercus tem identificado, quer directamente por visita de membros da associação, quer por contactos recebidos por utentes das zonas balneares, mostram que as principais falhas se prendem com:
- problemas associados ao estacionamento anárquico, por vezes em cima das dunas e de outras áreas sensíveis, mesmo em praias em áreas protegidas ou em áreas já objecto de implantação dos planos de praia definidos nos Planos de Ordenamento da Orla Costeira;
- presença extensiva de algas e de água aparentemente suja, apresentando nomeadamente espuma;
- falta de limpeza dos areais (pontas de cigarro na areia, outro lixo e falta de recipientes de lixo que estão geralmente a transbordar);
- apesar da proibição legal que faz parte dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira e de sinalização presente na praia, vários utentes continuam a levar cães para a praia;
- falta de informação actualizada sobre a qualidade da água.
A Quercus reitera conselhos:
1. Verifique se na praia que vai frequentar é realizado o controlo de qualidade da água balnear
2. Certifique-se de que a qualidade da água da sua praia é aceitável ou, preferencialmente, boa.
3. Escolha praias com a Bandeira Azul e/ou com Qualidade de Ouro da Quercus (critério relativo apenas à qualidade da água balnear)
4. Verifique os meios de segurança e as infra-estruturas.
5. Verifique e contribua para a limpeza do areal. Exija a ausência de cães.
6. Evite permanecer na praia nas horas de maior calor e evitar uma exposição excessiva ao sol.
7. Evite fazer ruído.
8. Proteja as dunas e as falésias das praias costeiras e a vegetação nas praias fluviais.
9. Vá de transportes menos poluentes até à praia; procure deixar o carro em casa.
10. Denuncie o que não estiver bem.»
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